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(A partir do livro “O que é Design Thinking? De Rique Nitzsche”)

O modelo mental é um conceito que considero importante para discutir o Design Thinking 3.0.

No livro do Rique ele chega a usar o conceito de “plataforma diferenciada de pensar”.

Eu acredito que temos plataformas ou modelos mentais que variam na conjuntura e na estrutura da evolução da sociedade humana.

Na conjuntura, aparecem os modelos mentais individuais e suas variantes regionais e culturais, influenciadas pelos fatores sociais, políticos e econômicos;

Na estrutura, temos as macro tendências, que variam com as Eras Cognitivas e o modelo de circulação de ideias hegemônico ou Ambiente Cognitivo, bem como, o movimento do Pêndulo Cognitivo: contração e expansão.

Nas mudanças conjunturais ou estruturais há necessidade de se mudar o modelo mental para se adaptar de “a” ponto de partida para “b” ponto de chegada.

Nestas rupturas de um ponto a outro é preciso trabalhar a cabeça das pessoas para romper com modelos mentais passados.

Isso é algo que o DT deve assumir como missão.

O Thinker tem que ter uma visão do cenário e analisar os pontos de deficiência do atual modelo e do que deve ser feito para superação.

Há aí um trabalho cujo o foco é mudar cabeças de maneira estratégica.

Assim, quando falamos em Designer puramente, estamos trabalhando com a produção de produtos e serviços.

É um estágio abaixo do DT.

Mais prático e menos estratégico.

Quando falamos de Designer Thinking, a meu ver, o objeto não é o produto, ou serviço, que serão feitos depois, mas a mudança do modelo mental, que impede que um conjunto de produtos e serviços sejam feitos de forma melhor.

O Thinker trabalha, assim, de forma integrada com gestores de mudança em nível estratégico, quando se ordene que um dado modelo mental está atrapalhando.

O trabalho de DT ganha em qualidade quanto mais se consegue perceber as mudanças conjunturais e estruturais, questionando pontos para que se possa liberar a “plataforma” de vôo da nova etapa.

Assim, há já técnicas do mundo do design que serão usadas na mudança do modelo mental para:

– tornar o modelo mental, ora invisível, visível;

– apontar os problemas do antigo modelo mental com os novos desafios, apontando a necessidade de mudança;

– criar dinâmicas para que o que precisa ser problematizado o seja.

Assim, a atuação do Thinker seria motivada por atuar no modelo mental de forma mais profunda quando os esforços de se fazer produtos e serviços sempre esbarram nos mesmos problemas de um modelo mental obsoleto diante de problemas recorrentes de designer para os novos desafios.

O DT 3.0 atua em outro patamar, nesta linha de raciocínio.

Percebe-se a Revolução Cognitiva, a necessidade de migração do modelo mental 2.0 (oral, escrito e eletrônico) para o 3.0 (digital).

O DT 3.0 se especializa – e há muito trabalho nesta direção – de passar do atual modelo mental para o novo.

A diferença entre o DT para o 3.0 é de leitura de cenário. O DT 3.0 assimila a Revolução Digital como a mudança central na sociedade hoje e traz para si – e se especializa – para ajudar com às melhores técnicas a promovê-la.

Para só então, voltar a se fazer Designer do que quer que seja.

O “Thinking” lida com modelos mentais e não com o resultado do que o novo modelo mental vai produzir.

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