(A partir deste vídeo sobre formigas)
A nova Governança Digital objetiva algo sofisticado: reduzir o poder de decisão do centro e dividir com as pontas.
Isso só é possível hoje em dia com pouca gente ou com mais, mas em um processo lento e caro.
Quando se aumenta o número de pessoas para serem ouvidas para decidir, se torna inviável.
O centro não consegue processar.
Para tornar o sistema possível, escolhe-se representantes para poder decidir por mais gente.
Não tem jeito.
Eis o impasse.
O representante fica sujeito a seus interesses e tudo vai ficando difícil.
A Internet, entretanto, permite algo novo.
1) aprende pelo uso o que as pessoas fazem;
2) pode incluir pedidos de opinião;
3) facilita votações.
Assim, é possível experimentar um modelo mais descentralizado sem tornar a decisão cara, demorada ou mesmo inviável.
O que era inviável tecnologicamente, hoje é apenas uma questão de clareza estratégicas e vontade.
O século XXI será, assim, o palco dessa migração de um centro forte e pontas fracas do último século, particularmente, para pontas mais fortes e um centro mais fraco.
Isso só será possível com a regulação das decisões, via algoritmos digitais, que irão modular as relações simulando algo parecido com um formigueiro.
Muitos torcem a cara, pois formiga e algoritmos parece algo anti-humano, mas não é.
Para continuarmos mais humanos e menos massa, precisamos desta nova e mais uma traquitanda para que mais gente possa decidir mais coisa de forma barata.
É a forma que a nova geração nos sugere para resolver o problema que criamos para eles.
O principal: 7 bilhões de habitantes, que explodiram do nada nos últimos 200 anos, que exigem participar, mas que a atual governança não permite.
É isso que dizes.