O que realmente muda nas organizações no novo mundo digital?
A tomada de decisão atual, baseada no oral e escrito, que tinham suas limitações, passa para o digital, através do uso intenso de algoritmos. Objetivo: aumentar a produtividade, reduzindo custo. Como? Tirando o poder do atual gestor em decidir, a partir das informações orais e escritas, contando a partir da agora com o apoio de robôs e algoritmos.
O gestor “dá ordens” para o algoritmo que atua baseado no movimento real do cliente e não mais naquele imaginado, como é hoje em dia!
Não é algo novo para muitas organizações, que já tinham um grau maior de digitalização, mas isso se espalha de forma radical em toda a cadeia produtiva, com o aumento da passagem da tomada de decisão interna para mais e mais contar com a participação do cliente, que pode atuar de forma passiva, através de cliques, ou ativa, quando deixa a sua impressão, a partir de alguma experiência.
As organizações tradicionais, pré-digital, tinham a seguinte atividade:
Projetavam, “imprimiam” produtos e serviços e distribuíam.
Havia um risco entre o que eu imagino o que se quer para o que se quer de fato.
Hoje, ela não faz mais dessa maneira, pois é muito mais caro do que o novo modelo.
A organização digital, ou 3.0, cria uma Plataforma Digital Colaborativa de Venda/Distribuição e começa a colocar “chips” em tudo que se movimenta na cadeia, além da coleta e uso intenso dos cliques dos usuários, comentários, criando rastros voluntários e involuntários, colocando o robô, via algoritmos, para decidir mais e mais em nome da produtividade.
E programa os robôs, através de algoritmos para que tome cada vez mais e melhores decisões em direção às tendências coletadas.
Assim, reduz-se em muito a comunicação oral-escrita, que continua apenas para casos mais nobres, para se apostar naquilo que ele faz na prática, através dos rastros que deixa nas telas.
Quebra-se um “gap” de sombra que existia na gestão atual para a nova gestão, tomando decisões muito mais adequadas para o que realmente o cliente deseja.
Dessa maneira, se reduz tempo, esforço e tem-se um resultado melhor.
Assim, não só se é capaz de produzir melhor, como o de projetar as tendências, com uma eficácia incomparavelmente maior do que o modelo atual.
Teremos nas Organizações 3.0 algumas variações, dependendo de cada caso, sempre baseado nos dados coletados mais e mais pelos cliques, geração de conteúdo espontânea e chips, através da programação dos robôs, via algoritmos:
- – o gestor toma decisões direta a partir das sugestões coletadas pelos robôs;
- – o gestor transfere decisões para usuários, a partir das sugestões coletadas pelos robôs;
- – os robôs tomam as decisões, a partir das sugestões coletadas pelos robôs.
As variações vão depender da necessidade de tempo, custo, quantidade de dados a ser analisado e isso deve ser dosado caso a caso.
Podemos dizer ainda que teremos três modelos de organizações 3.0, que terão o mesmo tripé (gestor decide, usuário decide ou robô decide):
- Organizações 3.0 totalmente a distância – como é o caso de venda de cursos de inglês, no qual o serviço é oferecido e vendido a distância, sem nenhuma ação tangível fora da Internet;
- Organizações 3.0 a distância/presencial – como é o caso de venda de mercadorias, no qual o serviço é oferecido a distância, digitalmente, mas tem uma parte física, como é o caso do Taxibeat, Mercado Livre e Estante Virtual;
- Organizações 3.0 presenciais – como é o caso do metrô, no qual o serviço é oferecido sempre presencialmente, mas a rede a distância, digitalmente, define as prioridades das decisões a serem tomadas, tais como melhoria, distribuição de carros, ações a serem feitas e problemas a serem sanados.
É isso, que dizes?