Muitos afirmam que a Ciência visa procurar a verdade ou o conhecimento.
Acho que é um caminho equivocado.
A Ciência nasceu para resolver problemas humanos complexos e quando foge disso se perde.
Há o fim, assim, ético da Ciência que é resolver problemas, que causam sofrimento aos seres vivos.
É o que nos resta em um mundo incerto, sem propósito claro, em um planeta perdido entre bilhões de galáxias.
O que deve motivar qualquer pessoa é acordar na segunda feira e se sentir bem e motivado para tocar a semana.
E isso, a meu ver, ocorre quando sentimos que estamos ajudando aos demais a pensar e poder ajudar a resolver problemas de forma mais eficaz.
Feita a introdução ética, acredito que temos um problema ao pensar na Ciência que é a Taxa da Curiosidade.
Muitas pesquisas são motivadas pela curiosidade humana.
Somos uma espécie extremamente curiosa.
Como aliar, então, a luta por uma ciência focada em problemas e uma focada apenas na curiosidade?
Talvez, cruzando as taxas.
Seria ideal aliar a curiosidade a um dado problema, bem como não perder a curiosidade em resolver um dado problema.
Ou seja, é papel da Ciência direcionar a curiosidade para problemas relevantes e incentivar a curiosidade permanente em melhorar mais e mais as sugestões para minimizar os problemas.
Não acredito que há uma contradição entre as propostas.
Não poderia haver, assim, curiosidade sem problema e nem problema sem curiosidade, o que deixa a ciência mais ligada aos problemas do mundo e dos seres vivos, deixando-a livre para voar, mas sem esquecer que existe um ninho.
É isso, que dizes?