Não existe qualquer discussão cabível sem um sentido ético: para que e para quem se faz o que?
Se não há um propósito objetivo, tudo se torna subjetivo e sem possibilidade de métrica, pois se não há um objetivo não se pode saber se ele foi alcançado!
O ser humano só pode ter um objetivo ético.
Você pode não concordar com o objetivo ético de fulano, mas pode saber se algo atingiu o que ele queria e saber se é igual ao seu e se o seu, dentro daquele contexto, atingiu aquela meta.
Quando introduzimos o que para quem, a coisa ganha um pé no chão.
Quando leio sobre ciência e suas diferentes vertentes pergunto: para o que e para quem?
Toda a discussão deve ser situada nesse patamar senão é um debate vazio, talvez interessante para encher o vazio de um papo de bar diante de umas cervejas, mas nada além disso.
A ciência, sob este ponto de vista, não está, assim, a serviço nem do conhecimento e nem da verdade, que são ferramentas humanas para melhorar sua qualidade de vida.
A ciência foi criada para resolver problemas complexos da sociedade.
Não foi feita para criar conhecimento e produzir verdades, pois isso não resolve o problema de ninguém, apenas do prazer de descoberta dos cientistas voltados de costas para os problemas sociais.
Quando se defende que a ciência procura verdades e o conhecimento é o primeiro passo para começar o processo narcísico que ela adora se esconder, deixando os problemas da sociedade do lado de fora.
Você pode não concordar com essa visão ética da ciência, mas é um caminho que me joga para uma métrica.
O seu faz o mesmo?
Rejeito também