A base de toda Governança é a confiança em quem tem o papel de liderar um dado processo, tomando decisões.
Nosso problema atual é que as lideranças, em função da Ditadura Cognitiva, das últimas décadas nos levou a uma desconfiança das autoridades de plantão.
A autoridade não tem força de liderança, pois é autoridade, pela força conservadora do ambiente e não pela sua capacidade de renovação.
Isso faz com que sejamos “autoridadefóbicos”.
Note que a República veio ao mundo para questionar o poder dos Reis, justamente para fazer com que as lideranças sejam mais rotativas e representativas.
O problema é que o ambiente foi ficando conhecido, viciado e, em paralelo, houve um salto demográfico, com que fez que aumentássemos a complexidade sem ampliar a diversidade, criando tomadas de decisão cada vez de menor qualidade.
A nova Governança Digital, tenho dito isso aqui, vai se basear em um novo modelo. Sim, haverá liderança, mas será muito mais mutante, pois será regulada por duas novidades:
- – os cliques – que vão demonstrar, na prática, qual é a sua relevância;
- – a avaliação sobre os cliques – que vão balizar a sua representação.
Isso já vem sendo pratico nos canais mais horizontais de circulação de ideias, no Twitter, por exemplo, que a relação de:
- – seguidos e seguidores;
- – perfil da rede de seguidores;
- – e repercussão do que é Twuittado, dá uma dimensão de que tipo de líder estamos falando, quando, onde, por que, para quem.
A revolta que vivemos hoje contra os líderes é inócua, pois sempre haverá alguém que reunirá mais condições em um dado contexto para ser a referência e ajudar a tomar decisões.
O que não vai haver é a fantasia de que essa liderança serve para tudo, em todos os momentos, em todas as ocasiões.
É algo rotativo e deve ser sujeito ao vai-e-vem dos cliques.
Os cliques nas telas é que vão demonstrar, mediados por algoritmos, quem é quem.
É isso, que dizes?