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Todos os esforços que temos visto hoje dentro da Ciência estão voltados para a experimentação dos antigos Tecno-códigos que foram potencializados pelo digital, mas que mantém o mesmo modelo de Governança atual, pois não usam o novo Tecno-Código Digital, os algoritmos, a única forma de se poder praticar a nova Governança da Espécie, de forma a ter mais eficácia nas decisões e produção acadêmica, com qualidade e menor custo.

Como vimos aqui, as Tecno-organizações da sociedade são moldadas pelos Tecno-códigos vigentes.

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Atualmente, estamos na passagem da Governança Oral-Escrita e dando os primeiros passos na Governança Digital.

Vivemos aí dois movimentos distintos:

  • O aperfeiçoamento dos atuais Tecno-códigos – oral e escrito, que migram para o novo ambiente digital – se potencializando – são mais fáceis de serem percebidos, pois usamos a análise indutiva (sentidos), que nos facilita observar a evolução do que já conhecíamos;
  • A criação de um novo Tecno-código – os algoritmos, que permitem que criemos um novo modelo de produção de conhecimento completamente novo é, sem dúvida,  muito mais difícil de ser analisado, pois precisamos usar algo mais incomum que é o método dedutiva, de ver a mudança radical, através de novas teorias, daquilo que já conhecíamos.

Todos os esforços que temos visto hoje dentro da Ciência estão voltados para a experimentação dos antigos Tecno-códigos que foram potencializados pelo digital, mas que mantém o mesmo modelo de Governança atual, pois não usam o novo Tecno-Código Digital, os algoritmos, a única forma de se poder praticar a nova Governança da Espécie.

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Vamos aprofundar um pouco isso.

A Ciência foi criada para resolver problemas complexos da espécie e poder orientá-la, criando “conhecimento científicos”, que produzam Filosofias, Teorias e Metodologias (Métodos, capacitações e tecnologias) para nos ajudar a reduzir sofrimentos.

Haverá sempre um critério para que a produção deste conhecimento científico seja feito e que tenha uma garantia de qualidade. As organizações de produção do conhecimento, assim, serão estruturadas, a partir do Tecno-Código vigente que vai modelar a sua Governança (quem, como, de que forma, por quem, para quê, como que transparência, diálogo com a sociedade) a sua produção é feita.

Diante das limitações dos ainda hegemônicos Tecno-códigos Orais-Escrito foi estabelecido um critério de publicação do conhecimento científico, através da aprovação por pares em determinadas publicações, que garantam que o que vai para a sociedade tenha uma taxa de qualidade e relevância marcada pelos limites da atual Governança.

As organizações científicas são, assim, afetadas pela crise geral de todas as outras, que hoje se voltaram para seu benefício próprio e das suas autoridades de plantão, se afastando mais e mais da sociedade, em função do controle da circulação das ideias, que acabou por estabelecer uma taxa de relação organizações-sociedade de baixa qualidade.

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A crise deste modelo se estabelece, pois:

  • – há um aumento vertiginoso da demografia e, por consequência, de problemas cada vez mais complexos, o que nos leva a ter mais pesquisadores, tornando o critério de aprovação cada vez mais lento para um mundo com cada vez mais pressa;
  • – há muito mais textos produzidos do que espaços para a sua divulgação, no critério da Governança atual;
  • – o critério de escolha e seleção do que será estudado é cada vez mais definido de dentro para fora e não de fora para dentro.
  • – a escolha dos pares que vão analisar o que e como deve ser publicado acaba se voltando para a organização e não para a sociedade;
  • – os pares acabam por criar formas de superar a crise se auto-ajudando e reforçado mais e mais o pensamento conservador vigente, tornando a transparência e o diálogo com a sociedade cada vez mais opaco e eventual.

Como consequência, a missão da Ciência que é ajudar a espécie a reduzir problemas complexos e reduzir sofrimento vai mais e mais se afastando do seu propósito maior e se voltando para o reforço da organização pela organização, das autoridades para as autoridades.

O impasse aumenta ainda mais, pois a abertura de novos Canais Horizontais vai aumentando em muito a circulação de ideias em toda a sociedade e criando um outro ritmo de inovação, o que torna o modelo de Governança de produção de conhecimento acadêmico atual ainda mais lento e obsoleto.

Há uma crise de Governança com viés tecnológico.

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Assim, o impasse que temos é basicamente tecnológico, pois os Tecno-códigos oral e escrito, que são a base da Governança atual de toda a sociedade, incluindo as organizações que produzem conhecimento, já deram o que tinham que dar.

É preciso introduzir os algoritmos no modelo de Governança de Produção de Conhecimento, procurando novas formas de:

  • – acelerar o processo de aprovação dos textos;
  • – ampliar os espaços de divulgação;
  • – redefinir o critério de escolha e seleção dos que vão aprovar os textos;
  • – abrir mais e mais espaço para que a sociedade possa ajudar nesse processo para superar a crise, trazendo os seus problemas complexos e sofrimentos, via co-criação.

Isso não vai ocorrer com a introdução de novas tecnologias por novas tecnologias, mas através do novo modelo de Governança Digital, centrada nos Tecno-Códigos Algorítmicos. Não é uma mudança estratégia, mas operacional, que permite, como temos visto em diversos projetos em Tecno-organizações nativas, permitir a  qualidade, mas com a possibilidade da Colaboração de Massa.

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É preciso introduzir, assim, de forma emergente, projetos pilotos para começar a experimentar na nossa conservadora academia, como já sugeri no meu último livro, a introdução dos Rastros Digitais e Karma Digital para aumentar radicalmente a meritocracia acadêmica, tendo a redução de sofrimento da espécie como parâmetro, saindo do critério atual de quem é útil para a organização para aqueles que são úteis para os que estão aqui fora.

É isso, que dizes?

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