O diagnóstico é coletivo: vivemos hoje um conjunto de macro transtornos afetivos-cognitivos, como disse aqui.
O fim de uma ditadura cognitiva nos coloca esse impasse.
Não percebemos, mas a prática de uma governança vertical nos leva a estes problemas.
Para que possamos recuperar o tempo perdido é preciso, antes de tudo, diagnosticar o problema para lidar com ele.
Acredito que as novas tecnologias nos condicionam a se abrir, através da canalização, mas não é suficiente, pois temos um problema de tempo e, além disso, há os vícios do uso da nova tecnologia sem reflexão.
E aí temos o grande buraco da escola.
A escola nos preparou para viver em um mundo com uma governança analógica-impressa piramidal, muito controlado de cima para baixo e não em um novo ambiente de uma governança digital, na qual há um novo modelo de controle mais horizontal.
Urge que possamos começar a preparar os novos cidadãos para esse novo ambiente para começar a dirimir tais transtornos.
No que tenho visto em sala de aula, os mais graves com suas respectivas “vacinas”:
- – incapacidade de abstração – entender melhor a diferença entre percepção e realidade;
- – pouca pro-atividade – separar o que é ética de moral;
- – incapacidade de argumento e diálogo – superar a vergonha tóxica e a incapacidade de produzir seus próprios argumentos.
É a metodologia que tenho usado para desenvolver a inovação disruptiva e preparar os meus alunos para viver em um mundo mais horizontal e dinâmico.
Mas o esforço é gigantesco e deve ser massificado e contínuo.
Que dizes?