Tenho tentado defender aqui neste e-book que estamos justamente no momento de dificuldade de criar a sabedoria de conseguir mudar o mundo e sobreviver deste mundo.
Um dos pontos centrais de um empreendedor orgânico é sua relação com o legado.
Hoje, de maneira geral um empresário, ou empreendedor, vai avaliar seus resultados pelo dinheiro que conseguiu gerar.
Vivemos o fim de uma época em que o dinheiro ocupou um lugar maior do que deveria na sociedade, uma das características de um longo período de contração cognitiva.
Diria que o movimento inverso do pêndulo cognitivo, da expansão cognitiva nos leva a valorização de redução de sofrimento e o dinheiro passa a ser menos importante do que é hoje.
A sociedade mais empoderada aceita menos o lucro pelo lucro e organizações se servindo da sociedade e não a serviço desta.
E aí entra uma visão ética-filosófica do empreendedor que precisa estabelecer um propósito – uma causa ligada ao viver e não apenas ao sobreviver.
Tenho tentado defender aqui neste e-book que estamos justamente no momento de dificuldade de criar a sabedoria de conseguir mudar o mundo e sobreviver deste mundo.
Assim, por exemplo, este blog é o meu espaço de vida, não espero dele sobreviver dele.
Claro que serve como divulgador das minhas ideias e serviços, mas aqui eu desenvolvo um projeto de vida, no qual quero deixar o legado das minhas ideias.
Independente da sobrevivência que consiga, o blog é um projeto de ajudar os outros a refletir sobre alguns pontos que tenho me dedicado.
Tento ainda fazer das minhas ideias serviços e mostrar a geração de valor que novos projetos de inovação disruptiva podem ter na sociedade.
Ou seja, sou meio ONG, meio empresa.
O foco é sobreviver e viver.
Não é fácil, pois a ditadura cognitiva deixou suas marcas e as pessoas, na sua maioria, não têm espaço para grandes mudanças.
Mas aprendi, com o tempo, que é preciso ter desafios na vida que coloquem a sua taxa de criatividade lá em cima.
Depois de 18 anos de empresa, mais de 400 projetos realizados, diria que sobreviver é difícil, mas não é uma coisa do outro mundo, agora viver e fazer um trabalho significativo é mais complexo.
Meu esforço vai nessa direção.
É um desafio muito maior, mas me pergunto para que estamos aqui afinal?
Que dizes?