Vimos aqui, alguns princípios do empreendedorismo orgânico.
Muita gente que converso por aí, tem projetos bacanas, conceitos e procuram investidores.
O padrão hoje, entretanto, do capital de risco, digamos tradicional, é de números sem propósito.
O investidor bota dinheiro para tirar dinheiro e ponto.
Essa é a regra, nada contra, mas vai na contra-mão do empreendedorismo orgânico.
Quando se aceita sócios no negócio que tem a lógica da concentração cognitiva, que é o lucro e o dinheiro como o centro do universo, o conceito do negócio tende a ir para o saco.
Note que empresas com o Google e o próprio Facebook eram uma antes e hoje são outras depois dos investidores.
Obviamente, que uma série de princípios precisam ser negociados.
Não sou contra os aportes, pelo contrário, mas é preciso saber quem está aportando o que. O investidor dinheiro puro e vivo é um cara que não bate com o modelo de empreendedorismo orgânico. O capital que entra tem que ser um capital meio de investimento e meio de incentivo àquela ideia. O resultado final, portanto, não é só número, mas mudança na sociedade. O investimento nas duas direções.
Há, com certeza, já no mercado, principalmente americano, esse tipo de perfil de investidor.
É preciso ficar atento, pois a relação dinheiro e conceito é uma gangorra difícil e exige muita sabedoria, como detalhei aqui.
É isso, que dizes?