A base da compreensão da Revolução Cognitiva é a relação que se estabelece entre demografia e capacidade de governança.
Quanto mais aumentarmos o número de habitantes mais sofisticada terá que ser a nossa capacidade de governança.
Um aumento de um para sete bilhões de habitantes nos últimos 200 anos, por exemplo, nos levou a uma latência tecnológica cognitiva.
Ou seja, o ambiente cognitivo que permitiu o salto de 1 para 7 e a governança que adotamos não é mais capaz de gerenciar com eficácia a nova complexidade demográfica.
Vivemos, então, uma latência por mudanças profundas, que não sabemos exatamente qual é, pois nos falta a percepção que somos uma tecno-espécie, moldada e potencializada por tecnologias, principalmente as cognitivas.
E que determinadas crises só serão superadas com a implantação, massificação, adoção e aperfeiçoamento do uso de novas tecnologias cognitivas, que nos apontam caminhos para uma nova governança.
O século XXI será marcado por essa dialética e viverá crises e conturbações no momento de passagem da governança analógica, fundada no ambiente impresso e mídias de massa fortemente verticalizada no fim do movimento de contração cognitiva, o que eu chamei de pêndulo cognitivo.
Para a construção da governança digital, marcada por um forte movimento de horizontalização, que nos leva à um movimento de expansão cognitiva.
É isso, que dizes?