Um ser humano pelado na natureza não sobrevive, a não ser que consiga criar tecnologias para se proteger. Ou seja, somos tecnologicamente dependentes!
O grande aprendizado que tive ao estudar os efeitos da Internet sobre a sociedade foi a capacidade que determinadas mudanças tecnológicas tem em toda sociedade e na governança da nossa espécie (um termo que acabei tendo que criar).
A base filosófica disso é a compreensão da humanidade como uma tecno-espécie e não uma espécie animal como as outras.
- Todos os animais vivem na ecologia e criam “ferramentas” naturais para sobreviver.
- O ser humano vive em uma tecno-ecologia e cria ferramentas artificiais para sobreviver.
Um ser humano pelado na natureza não sobrevive, a não ser que consiga criar tecnologias para se proteger. Ou seja, somos tecnologicamente dependentes!
Assim, não há nada natural na humanidade, pois nossa ecologia é tecno, é artificial.
Nos moldaremos e nos adaptaremos ao tecno-ambiente, conforme ele vai tendo a necessidade de se sofisticar.
Aí temos um outro aspecto importante para entender nossa espécie.
A relação entre demografia e tecnologia.
Quanto mais formos, mais sofisticado terá que ser o aparato tecnológico da sociedade para que possamos continuar existindo.
Assim, a espécie humana com 1 bilhão de pessoas precisa de um tipo da aparato tecnológico bem diferente quando saltamos para 7 bilhões.
Isso ocorre no aumento da densidade das cidades, onde se observa claramente esse salto.
Assim, a compreensão do atual mundo e para onde ele vai passar justamente pela revisão filosófica da tecno-espécie e teórica da relação tecnologia-demografia-governança.
E aí podemos falar de diferentes tipos de tecno-governanças.
A tecno-governança se modifica, conforme aumentamos a população e temos a necessidade de sofisticar a tecno-ecologia.
A governança faz parte do trinômio cognitivo: confiança, informação e troca, que vou detalhar no outro post.
Que dizes?