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Quanto mais complexa e populosa for uma espécie, mais sofisticado terá que ser o seu aparato de comunicação e, baseado nele, o modelo de governança.

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  • Uma espécie complexa se torna cada vez mais dinâmica e com seus membros mais singulares;
  • Uma população maior traz problemas maiores de complexidade.

Hoje, a principal crise que temos é a da comunicação.

Estamos com um déficit enorme de qualidade de comunicação presencial e a distância, o que nos leva diretamente a um modelo de governança também de baixa qualidade. 

Criamos uma complexidade demográfica, mas mantivemos o modelo de comunicação (a distância e presencial) muito aquém do desafio que temos pela frente.

O que vai nos tirar da lama é a chegada de novas tecnologias de informação e comunicação que vai nos empoderar e permitir criar uma governança mais compatível com a complexidade que temos para administrar hoje e amanhã.

Precisamos incorporar no nosso aparato tecnológico-cognitivo o modelo dos insetos que deixam rastros. Não é de surpreender, por exemplo, que 6 milhões de brasileiros já usem o aplicativo Waze, que permite que haja troca de informações entre motoristas no trânsito.

O aplicativo usa os rastros involuntários (GPS e posição do carro) para identificar engarrafamentos e o voluntário (comentários) para apontar acidentes ou irregularidades.

Para um problema tão complexo, só um aparato novo desse tipo.

waze

Muitas vezes, geralmente quando alguns colunistas de jornal não têm assunto, resolvem atacar as tecnologias dizendo que elas estão nos desumanizando.

Eu tenho insistido em dizer que o ser humano é uma tecno-espécie e que são justamente as tecnologias que sempre vieram e sempre virão nos salvar da barbárie. Sem elas, seríamos uma espécie em extinção, nadando em um caos supremo.

O que é necessário, entretanto, é a sabedoria do uso.

Há uso adequados e eficazes e inadequados e ineficazes, dependendo do contexto.

Estamos cada vez tornando mais complexo nosso aparato tecnológico, pois não paramos de crescer. Quanto mais complexidade demográfica, maior será a tecnológica.

Assim, temos que criar um balanço entre nossa capacidade de ser e de usar as tecnologias disponíveis para o bem viver.

Uma relação tênue e umbilical entre psicologia e tecnologia.

Ou seja, o uso das tecnologias, principalmente as novas, não vão para o divã.

Mas deveriam, pois nossa subjetividade muda (e como!)

É isso, que dizes?

 

 

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