Feed on
Posts
Comments

Ontem discutimos sobre a incapacidade das atuais organizações em resolver problemas. E houve questionamento da generalização e eu concordo, aqui vou detalhar melhor e estar mais afiado.

Quando afirmo que as organizações perderam a capacidade de resolver problemas, acho que podemos melhorar essa afirmação dizendo que elas perderam a capacidade de resolver problemas relevantes, ou problemas com uma taxa de maior qualidade.

A base para essa afirmação parece clara para quem acompanha o blog.

Saímos de um mundo sem canais para um repleto de canais.

O principal vestígio desse processo é que a sociedade perdeu espaço de reconhecer, diagnosticar, reclamar, propor e exigir soluções para seus principais sofrimentos.

O que gera um problema é um determinado sofrimento.

Quanto maior o sofrimento, de maior qualidade é o problema.

sofrimento (2)

Sofrimentos que acabam com a vida são mais relevantes do que os que não acabam.

E pode ir se graduando os principais sofrimentos e problemas.

Como temos visto no blog, um mundo com poucos canais e cada vez mais gente vai criando uma crise cada vez maior de falta de comunicação entre quem sofre e quem recebe para resolver os sofrimentos, seja na área pública ou privada.

Sim, considero que produtos e serviços são redutores de sofrimento.

Assim, a principal crise das organizações atuais é a sua incapacidade de conversar com as pessoas e priorizar os seus sofrimentos.

Diria até que é um problema dos dois lados:

  • – Nem as organizações querem ou conseguem detectar os sofrimentos;
  • – Nem a sociedade sabe diagnosticar e apontar as suas prioridades;

E mais, aqueles que geralmente sofrem mais são aqueles que menos têm essa capacidade.

111758.640xp

 

Assim, o principal desafio é fazer com que os problemas que serão atacados sejam de alta qualidade e não mais apenas do interesse de quem está do lado de cá das organizações meio surdas, meios cegas para os sofredores,  ainda meio mudos.

Quando falamos em solução de problemas, temos antes nesse novo século um aumento radical da expressão de sofrimentos, vide Junho de 2013, e o que não era prioridade vai ganhando cada vez mais espaço.

Quebra-se o narcisismo organizacional de organizações voltadas cada vez mais para seus problemas de baixa qualidade, ou seus auto-problemas.

Organizações que ser servem da sociedade e não servem a elas.

Estamos entrando em uma mudança radical nessa taxa de quem serve a quem.

qualidade2

 

A base da nova governança é a de abrir canais para melhorar a qualidade dos problemas que vai se dedicar, criando canais com seus clientes, mas com capacidade, de fato, de atendê-los, pois a uma migração de foco de dentro para dentro, voltando-se de novo de fora para dentro.

Quando falo, portanto, que as organizações não sabem mais resolver problemas da sociedade, preciso melhora isso.

Acho melhor e mais preciso dizer que as atuais organizações resolvem muito mais hoje os seus próprios problemas, porém não são problemas de alta qualidade, que minimizam maiores sofrimento, aqueles a sociedade quer ver atacados e agora, com os novos canais, estão começando a apontar, saindo da mudez em que foram colocadas pela falta de canais.

É isso, que dizes?

Versão 1.0 – 27/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.  

2 Responses to “A taxa da qualidade dos problemas”

  1. Na minha visão uma das atividades diárias do gestor 1.0 (certamente) e do 2.0 (parcialmente), é o de resolver problemas (McGregor, 1992). Definir corretamente os verdadeiros problemas de uma organização, e para as que atendem a sociedade as dores do cliente/consumidor/cidadão, é tão difícil quanto solucioná-los, se não for uma tarefa ainda mais complicada. É comum encontrar casos em que as organizações não estão capacitadas para identificar, definir, gerir precisamente os processos, seus problemas , as causas e os efeitos. Acabam não utilizando adequadamente métodos e ferramentas adequadas na estruturação do pensamento e implantação das soluções.
    Geralmente a identificação de problema ou melhorias a serem feitas ou desvios ou lacunas (“gaps”) é superficial, extremamente subjetiva (variando do “eu acho” ao “eu tenho certeza”), sem sustentação em fatos e dados e rapidamente contaminada pela discussão da solução. Não sendo identificado precisamente o problema, muito provavelmente a solução não resolverá o problema. Outros itens importantes são o tamanho, a abrangência, a criticidade e complexidade do mesmo. Para cada uma destas grandezas existem métodos, técnicas e ferramentas. Considero que a utilização de plataformas colaborativas digitais, que recolhe, armazena e processa grandes volumes de dados, informação, conhecimento e sabedoria poderá suportar maior precisão na identificação das causas dos problemas e ações para superação dos mesmos.

  2. Carlos Nepomuceno disse:

    Legal, por aí…é preciso criar métodos, passam muito por uma questão do diálogo…que a tecnologia digital procurar criar da organização com a massa e da massa com as organizações, o que nos levaria para pensar em organizações de massa?

Leave a Reply