Dentro de uma organização, ou mesmo na Internet, quem ganha mais?
Quem compartilha tudo ou quem esconde tudo?
Eis a questão!
Se analisarmos o problema, da contração cognitiva no atual cenário das organizações temos o seguinte:
- – ambiente estável;
- – problemas permanentes e conhecidos, que viram assuntos;
- – especialistas nos assuntos que já foram problemas;
- – normalmente, prática de esconder o domínio daquele dado assunto para que se mantenha útil e com valor.
Porém, o mundo, como tenho defendido aqui no blog, está no início de uma Revolução Cognitiva em uma fase de expansão cognitiva. E estamos passando de organizações, que basearam seu aparato de construção de percepções e tomada de decisões no ambiente impresso-eletrônico para o digital, no qual muda-se para:
- – ambiente instável;
- – problemas mutantes e desconhecidos, que não podem virar assuntos;
- – especialistas em problemas que mudam a cada abordagem;
- – nestes casos a prática de esconder o domínio daquele dado problema não ocorre, pois pede-se uma interação constante para estar afiado para resolver os problemas sempre mutantes.
Um profissional em uma expansão cognitiva é aquele que se capacita para resolver cada vez melhor problemas mutantes. Ele vale menos pela capacidade de memorizar, mas muito pela capacidade de criar alternativas para cada situação.
O seu valor não é assim o que ele resolveu no passado, mas sua capacidade de aprender a cada problema para ser reconhecido como alguém que vai resolver bem os problemas mutantes do futuro.
O que gera valor é a sua capacidade de estar no mundo.
Tal profissional deixa de ser um observador do mundo e passa a ser um incentivador de mudanças.
A meu ver, quanto mais ele compartilhar o que aprendeu, que é o passado e tem pouco valor, mais receberá feedbacks e será percebido como capaz de resolver um dado problema e mais valorizado será na rede aberta.
Quanto mais ele esconder, menos será visto e valorizado em uma rede aberta.
O problema se dá quando a rede é fechada, a organização continua trabalhando no paradigma passado e todo mundo trabalha escondendo o jogo e, de fato, é assim que a regra do jogo funciona.
Tanto o profissional quanto à empresa vão se distanciando do mundo que caminha para o outro lado.
Versão 1.0 – 22/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
Concordo plenamente com esta explanação. Necessitará que as pessoas percebam por si mesmas esta mudança de paradigma e o valor que ele traz (se isto for possível). Já trabalhei em Instituições que estão muito bem desenvolvidas neste novo paradigma, através do trabalho colaborativo todos aprendem e crescem profissionalmente e, por que não, pessoalmente (moralmente e eticamente). Com isso quem ganha é a própria Instituição, cumprindo plenamente seu papel na sociedade. Mas ainda existem “muitas Instituições” (públicas principalmente, inclusive – Pasmem – de Ensino) enraizadas em paradigmas anteriores, perdendo oportunidades, sub-utilizando profissionais capacitados… Enfim destoante do atual momento de ‘expansão cognitiva’.