Se nos perguntarmos o que mudou, podemos dizer que os problemas já não são mais os mesmos. Antes, os problemas eram mais conhecidos, pois vivíamos uma contração cognitiva.
Ou seja, os problemas eram escolhidos a dedo pelos poucos canais que circulavam percepções pela sociedade.
Havia, como há ainda, uma forte concentração de organizações resolvedoras dos problemas, o que foi definindo uma forma meio padrão de minimizá-los.
Os problemas podemos dizer foram estabilizados, bem como, as saídas para os mesmos.
A expansão cognitiva muda isso, pois:
- – começa-se a pautar novos problemas como prioritários;
- – questionar a forma que se resolve os antigos problemas;
- – apresenta-se novas alternativas novas de minimizar os velhos e novos problemas.
Estamos entrando em um novo modelo de governança da espécie justamente para resolver problemas que não eram considerados prioritários de uma nova maneira, tanto do ponto de vista de eficácia, como do ponto de vista ético.
Todo o atual aparato de solução de problemas começa a entrar em um processo de obsolescência. Uma organização, no fundo, nada mais é do que esse aparato, portanto, em decadência.
É preciso reorganizar o aparato para que possamos lidar com uma tecno-sociedade digital, na qual os problemas não são mais estáveis, definidos pela organização e sem uma concorrência explícita.
É preciso dinamizar o aparato de soluções de problemas para fazer frente a esse novo desafio. Assim, se os problemas já não são os mesmos, as organizações têm que acompanhá-los.
Que dizes?
Versão 1.0 – 18/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.