Muitas vezes, sinto por parte de algumas pessoas um certo estranhamento de estarmos invadindo praias teóricas distantes, tal como a psicanálise, a educação, o estudo da filosofia, epistemologia, inclusive.
Muitos chamam tais invasões de arrogância, ver mais sobre arrogância aqui.
Porém, qualquer estudo honesto e profundo irá sempre caminhar para a filosofia e para a interface com outras áreas.
Note que assuntos conseguem ficar enjaulados em determinada ciência, mas problemas, não.
Quando penso mudanças sobre a cognição, logo vemos que temos que trabalhar com a epistemologia que é uma bandeira branca para podermos avançar nos limites do conhecimento humano. O direito que temos de analisar que tudo é uma percepção e é humanamente impossível conhecer a realidade, ver mais sobre isso aqui.
Na educação, entramos, pois uma boa pesquisa é sempre mais eficaz quando é feita em paralelo com o exercício da aprendizagem, alunos ajudam não só a apontar problemas nos argumentos, em aulas participativas, como também são exemplos vivos da maneira de pensar do nosso tempo.
Tenho um poema que expressa bem essa relação dialética:
Ou seja, vamos percebendo as dificuldades de percepção e vamos aprofundando.
Naturalmente, vamos vendo que o modelo de educação é algo incompatível com um mundo que se abre para a interação.
Pimba, vamos estudar educação> Freire, Dewey e começamos a discutir a nova escola, a partir das mudanças do ambiente cognitivo. É natural.
Depois entramos na psicologia, pois não só vamos vendo que há um déficit de capacidade de diálogo com os alunos e nas mídias sociais e uma baixa discussão filosófica sobre realidade, percepção, ética e moral.
Pimba, Freud e suas diversas variantes.
Assim, é uma luz que vem de fora, que toma emprestado alguns pontos e ilumina de uma nova maneira.
Assim, não se pode dizer que se é especialista de pedagogia ou de psicologia ou de filosofia, mas um especialista em mudanças cognitivas, que acaba nos levando a ser um curioso nestes campos, que estão aí para ser estudados e provocados e não o contrário
Um mundo mais aberto e voltado para estudo dos problemas nos levará cada vez mais para essa interdisciplinaridade.
Temos que superar os condomínios da verdade e a ditadura dos certificadores da verdade.
Temos que ter capacidade de reaprender a dialogar para que isso se torne cada vez mais rico e profícuo.
Que dizes?