Do que tenho estudado, posso dizer que, ao contrário do senso comum, quanto mais tecnológico somos e formos mais humanos seremos.
- Tem muita gente que fala de tecnologia e não é filosofo.
- E tem muito filósofo que não gosta de falar de tecnologia (com algumas exceções, tal como Marx e Heidegger).
A filosofia tem como missão problematizar fenômenos para que não os tratemos de forma superficial.
Filosofia, como disse aqui, é o estudo do que não é permanente, ou do que pode durar um pouco mais, além das micro-conjunturas.
Filosofia é a procura de super-conceitos, que não morram na primeira kriptonita que aparece pela frente.
Você fala de amor na mesa do bar, mas já há livros e livros escritos sobre o que é amor, que pode ajudar a você aprofundar mais e mais o tema.
Você sairia do senso comum para um senso incomum, acumulando o tempo de reflexão de vários pensadores antes de você.
Conhecer filosofia é economizar tempo com estradas sem saída.
Como apresentei nesse personal mapa filosófico, separei questões centrais, éticas e aplicadas na filosofia.
Geralmente a tecnologia é tratada pela filosofia como um tema secundário e não como uma questão central.
Do que tenho estudado, posso dizer que, ao contrário do senso comum, quanto mais tecnológico somos e formos mais humanos seremos.
Normalmente, pensamos o contrário, pois vemos as tecnologias como algo anti-natural.
Tecnologias, entretanto, são ferramentas anti-limitantes da espécie, ou nos potencializam para fazer aquilo que o “animal ser humano pelado” não pode.
Assim, se queremos superar barreiras por curiosidade ou necessidade, teremos que, inapelavelmente, desenvolver tecnologias.
E quanto mais gente tivermos no planeta, mais tecnológico teremos que ser, pois criamos uma complexidade demográfica só minimizada com mais e mais tecnologias.
Assim, na pergunta “quem somos” precisamos incluir a resposta “somos seres tecnológicos” ou uma “tecno-espécie”, como discuti aqui.
E isso é algo tão vital e importante, pois é o que nos possibilita perceber que vivemos em tecno-sociedades e quando há determinadas mudanças tecnológicas (principalmente nas tecnologias cognitivas) toda a sociedade muda.
O que nos coloca a questão vital e fundamental dentro da ruptura epistemológica-paradiigmática do século XXI.
Só vamos entender as mudanças sociais, políticas e econômicas se fizermos esse ajuste nas questões centrais da filosofia.
Não somos naturais como achávamos que éramos somo uma espécie tecnológica e mudamos, conforme demanda, principalmente pelo tamanho da espécie, alterando nossa tecno-sociedade.
Que dizes?
Versão 1.0 – 15/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
[…] Filosofia e tecnologia […]
Acho que o que assusta, o que nos faz pensar que o virtual não é real, é a capacidade humana de,cada dia mais, aperfeiçoar as tecnologias. E diante de tantas possibilidades e inovações ficamos meio que embasbacados, como que assistindo a uma apresentação de um ilusionista. “Não é possível!”, “como assim?” são indagações e questionamentos que fazemos quando surge uma nova tecnologia, um novo invento como na época do professor pardal e suas tecnologias. A Internet é real, é humana e é sensacional. E a medida que crescem os avanços tecnológicos o virtual fica cada dia mais palpável e nos possibilita “sonhar um sonho impossível” e vermos brotar flores do infinito chão!!
E viva a revolução cognitiva e suas relações interpessoais!!
O próximo passo da evolução tecnológica e que realmente será um passo importantíssimo é o domínio das faculdades espirituais. Telepatia, bilocação, intercâmbio com nossos amigos espirituais que tem o conhecimento muito acima do nosso e os recursos para a medicina, mas antes disso temos que vencer essa retórica do interesse capitalista e fixarmo-nos na retórica do interesse pelo homem. Em resumo temos que focar-nos no amor aos homens e a natureza e colocar de lado o interesse egoista que só vê o lucro e o resto que se exploda. Sem isso, essa evolução não virá.