Toda vez que tivermos um poder absoluto teremos uma apologia do dinheiro sem significado.
A rede centralizada da verdade irá fazer da sociedade o seu espelho.
A rede centralizada da verdade se caracteriza por uma alta taxa de controle das organizações de plantão sobre a sociedade e não o contrário.
Quanto mais absoluto é o poder e sem controle, mais ganancioso ele fica.
A ganância pelo poder precisa de um instrumento de reconhecimento e esse instrumento é o dinheiro e tudo que ele permite.
Terá sucesso e será reconhecido como celebridade quem ostentar elementos desse norte.
Espalha-se, assim, na sociedade a verdade da ganância e do dinheiro sem significado como o propósito das organizações e de toda a sociedade.
A velha luta dentre ganância e princípios humanos tende a ser ganha, de forma radical, pela primeira.
É o que caracteriza o fim de uma fase de contração cognitiva, que podemos chamar de ditadura cognitiva.
Há uma adoração pelas imagens criadas pelo aparato do controle das verdades, que precisa ser quebrada.
As imagens são criadas para que a sociedade aceite de forma passiva a ganância que o centro de controle das verdades difunde.
Olhe para o que eu lanço de fumaça (verdades de baixa qualidade) e não para o que eu faço (tomada de decisões de baixa qualidade).
Há dois elementos que quebram com isso:
- – novos canais que surgem, a partir das novas possibilidades das tecnologias cognitivas;
- – novos filósofos que surgem para resgatar os valores perdidos, que ocupam a nova rede descentralizada da verdade sugerindo novas formas de participação na tomada de decisões.
Note que tivemos essa luta quando:
- Moisés desceu das montanhas com os dez mandamentos e quebrou o bezerro de ouro;
- Cristo atacou os mercadores que comercializavam no templo em Jerusalém;
- Lutero quebrou todos os santos da igreja para retornar ao texto da bíblia;
- Cortaram a cabeça do rei para criar a democracia contemporânea.
Todos tiveram o apoio de aparatos tecnológicos cognitivos, pela ordem, escrita e escrita impressa para que houvesse essa oxigenação da sociedade com ideias novas, quebrando o discurso da ganância como fim em si mesmo, típico do poder absoluto.
Não temos noção, mas estamos saindo de uma ditadura cognitiva, com décadas de forte controle sobre os canais de expressão da população.
O big brother não vem com a Internet, ele já existe com a mídia de massa!
Vivíamos uma tênue democracia de conteúdo centralizado, que gerou, ao longo dos últimos anos, um forte discurso do dinheiro sem significado, com o cidadão/consumidor vivendo o movimento dos sem-canal.
Todo o movimento social, político, econômico, filosófico que teremos pela frente no novo século será, pela ordem:
- – conscientização dos danos que a ditadura cognitiva teve sobre a sociedade (individual e coletivamente);
- – procura de novos parâmetros que nos permita continuar produzindo, mas baseado em outros paradigmas com verdades e tomadas de decisão de mais qualidade, com mais participação social.
Resgatando, assim, o valor do dinheiro com princípios mais éticos.
Não se trata de utopia, mas apenas de cálculo do que uma Revolução Cognitiva tende a trazer para a sociedade.
Que dizes?
Versão 1.0 – 14/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
[…] Dinheiro sem significado […]