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Versão 1.0 – 29/09/2013

Truth

Estamos saindo de um processo de construção da verdade monoteísta para politeísta.

  • Antes os canais fechados acabavam por obrigar uma certificação da verdade de poucos para muitos.
  • Hoje, estamos iniciando um aprendizado da verdade de muitos para muitos.

Isso dá um nó na nossa cabeça, pois muda tudo na maneira que o círculo da verdade é processado.

O movimento monoteísta pede a objetivação do sujeito, assim como o politeísta necessita da subjetivação.

São dois movimentos provocados pelo momento do pêndulo cognitivo.

A verdade monoteísta dialoga menos com o outro externo.

Assim, faz dele uma projeção da sua verdade, transformando-o em uma tela em branco, o processo dentro do círculo da verdade, reduz as opções das diferenças, pois vai se padronizando a aquilo que se espera.

As consequências inesperadas, mesmo que ocorram, são invisíveis, pois não viram ação ou comunicação, ficam limitadas ao subjetivo, encapsuladas dentro de cada pessoa e a reavaliação é menor, bem menor.

Não se aprende com o mundo exterior, pois há uma redução do outro a um objeto, que a tudo aceita.

O tempo da verdade monoteísta vai alienando o sujeito e transformando-o em objeto da verdade do centro.

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O centro da verdade vai se nutrindo dele mesmo, cada vez mais do seu espelho e transformando todo o resto no mesmo paradigma, transformando a verdade hegemônica em cada vez mais hegemônica.

Quando lidamos com o politeísmo, através do processo de expansão, via Revolução Cognitiva, aumenta-se o poder de quem entra na nova rede.

A taxa de diálogo aumenta intensamente com o outro, com mais ações e comunicações no círculo da verdade e consequências inesperadas. Sai-se do programado, pois há um descontrole das verdades.

O outro que era um objeto da verdade dos centros hegemônicos, vai criando a sua própria verdade, subjetivando-se e isso nos leva a consequências mais inesperadas, havendo necessidade de aumentar o tempo de reflexão, pois há um estranhamento de um objeto antes inanimado que passa a atividade.

O círculo da verdade que antes era mais fechado, precisa se abrir.

Há um aumento da subjetivação do outro que era objetivado pela verdade do centro projetada.

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Na nossa visão de mundo estamos saindo de uma fase de contração para uma de expansão da espécie humana dentro do pêndulo cognitivo, em função da Revolução Cognitiva.

Na fase pós-modernista (eu critico esse termo aqui) criou-se a ideia de que agora tudo é válido.

Concordo em parte, porém com um grande problema a questão da consequência e da reavaliação, como vemos no círculo da verdade.

Não existe, portanto, pensamento que não projete uma ação e nem ação que não tenha consequências.

Obviamente, que temos, como detalhei aqui, fatores pessoais, estéticos, éticos, teóricos que nos levam a pensar de uma determinada maneira, mas tudo isso – que é direito de todos – nos leva a consequências, que precisam ser avaliadas, sendo estas a base para aquelas verdades que devem ser estimuladas, ou não.

Não podemos ver a produção da verdade científica, portanto, igual a que é produzida pela are ou pelos jogos, que têm outro tipo de compromisso, visando uma (in) consequência ou uma consequência indireta, subjetiva.

 

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Se pensarmos uma validação de produção da verdade na sociedade do tudo pode, entramos em um problema ético, pois vamos ter que fechar os olhos para as consequências.

Estaríamos partindo do princípio que qualquer consequência é válida e isso não é eficaz para o humano, pois gera sofrimento.

Uma multiplicidade de visões ajuda muito na complexidade, mas é importante sempre olhar o que em termos de consequências geram. Que é a base de validação hoje e sempre de toda a verdade.

Por aí, que dizes?

(Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.)

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