Versão 1.0 – 27/09/13
Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
A base de todas as decisões que tomamos na vida em todos os campos passam por estas três questões.
Mesmo que não tenhamos parado para pensar, alguém pensou por nós e nos deu algum embasamento nessa direção.
Filosofar nada mais é do que girar em torno destas três questões.
Diria que um filósofo é aquele que se dedicou mais tempo a problematizar uma ou todas estas questões. E que uma pessoa que se deixa levar na vida é alguém que nunca pensou muito sobre elas, mas que acha que as suas conclusões são suas e não da sociedade que o emprenhou.
Isso podemos chamar de alienação: não pensar como pensamos/sentimos/intuímos.
Há muitos filósofos que não se acham filósofos, que talvez até tenham um descompromisso interessante, que discutiram essas questões básicas.
Falo aqui dos artistas de todos os tipos, produtores ou não de arte.
Diria e acho que vamos aprender cada vez mais – diante dos novos instrumentos do século XXI (técnicos e teóricos) – sobre o que as pessoas são o que elas são por algo genético, que já vem de fábrica.
A ideia de Sartre de que somos nada, um vazio, não bate muito com as descobertas do cérebro, do DNA, da genética.
Gosto, entretanto, da provocação que ele faz de que tudo pode estar em aberto, pois vivemos em um mundo fechado e nada melhor do que ter alguém – uma corrente – que diz o contrário. É um contra-ponto importante.
Se a proposta aqui do blog é ajudar a entender algumas mudanças do mundo é preciso problematizar estas três questões e ir voltando para atualizar, como um software, para ir atualizando este post de tempos em tempos, conforme os bugs apareçam.
A ciência do século XXI aliás é muito mais um software do que um livro.
Sugiro até esse eixo para o ensino de filosofia, veja mais sobre isso aqui.
Tenho feito um intensivo estudo sobre filosofia e diria que temos várias correntes e filósofos no tempo.
Tenho uma intuição de que são motivados por duas coisas:
- As crises históricas que viviam – macro/da espécie? média/continental? micro/regional?
- O perfil psicológico – que era mais ou menos depressivo, mais ou menos maníaco, com capacidade maior ou menor de abstração para lidar com questões mais ou menos amplas.
Desenvolvo mais estas ideias aqui,
Neste post, vamos problematizar as questões, baseado em meu perfil, que me influencia e momento histórico atual, que nos influencia.
Quem somos?
Do ponto de vista individual, podemos dizer que somos: egoístas e conservadores, voltados para nossos hábitos. Qualquer coisa que nos tire desse eixo nos tira o humor e lutamos bravamente para voltar a esse ponto.
(Falo sobre o problemas das crises aqui, quando nossos hábitos nos causam problemas.)
Como pensamos?
Somos condicionados pelo ambiente, não gostamos de pensar com nossa própria cabeça, e esse modelo nos leva a sucessivas crises, que é justamente o momento em que nossos hábitos (de agir e pensar) se deparam com fatos da vida, que precisam de um novo entendimento. (Desenvolvo mais a ideia do que é a realidade aqui.) E falo disso também aqui.
E por que estamos aqui?
Diria que por acaso, sem nenhum sentido.
Imagina se um asteroide cai na terra e some a espécie humana toda, sem sobrar ninguém. Absolutamente tudo que damos tanta importância não valerá para ninguém, pois sempre fazemos para o humano, que pode não estar aqui mais.
O que fazemos nessa falta de sentido é tentar dar um sentido, ter um passatempo.
A maioria caminha para algo tipo Zeca Pagodinho: “Deixa a vida me levar”. Ou seja, alguém te conduz e você finge que toma todas as decisões.
Heidegger sugeriu outro ponto de vista ao defender que ser humano não é algo dado, mas construído.
Somos, assim, um projeto de humanos. E se deixarmos a vida nos levar seremos humanos de baixa qualidade, levados pelos instintos mais primitivos e animais (isso que diz sou eu).
Ele diz que a morte nos faz humanos, pois diante delas resolvemos procurar um significado qualquer que nos leva em direção a uma maior humanidade.
Assim, é preciso preencher o vazio com algo, mas algo que te mantenha de cabeça erguida no último suspiro.
Assim, os passatempos podem ser vários.
E nenhum deles pode ser julgado, apenas tem que ser um que te alimente nos momentos da crise existencial (se é que existem). Que te deem um alívio de se sentir colaborando com algo a mais para a espécie passageira como nós.
Por isso, um bom passatempo é procurar em nós o que podemos ter de diferente, potencializar, para reduzir sofrimento em um determinado campo de trabalho/estudo/ação.
Esse bom passatempo é o projeto pessoal de cada um, que deve estar acima da vida profissional.
Hoje, vivemos uma síndrome do crachá, que é achar que nós somos o nosso crachá e devemos fazer apenas aquilo que nossos “grandes chefes malignos” nos mandam.
E colocar neles a responsabilidade de não conseguirmos ser seres melhores.
O papo:
“Não sou melhor, pois o “meu chefe maligno” não deixa.”
Estas bases estruturam tudo que pensaremos e faremos em todos os campos de estudo.
É o DNA do que pensamos e nos levam a propor todo o resto.
Por enquanto, na atual versão é isso.
Que dizes?
[…] Quem somos? Como pensamos ? E por que estamos aqui? […]
Pensamento ta muito alem do DNA, no meu ponto de vista ta relacionado com o vazio que preenche os atomos!