Versão 1.0 – 11/09/13
Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.
Há uma certa confusão sobre fazer pesquisas de maneira geral e, em particular, no Brasil.
Quem faz pesquisa hoje no Brasil, de maneira geral, é um pesquisador de campo que coleta dados.
Uma pesquisa levanta um conjunto de dados e chega a alguma conclusão específica, mas não faz teoria, apenas repete a teoria alheia, baseada em um dado contexto filosófico.
Não sei se as regras hoje de produção científicas no Brasil, suas formas, normas permitem a realização de teorias. É preciso uma certa liberdade para se criar novas teorias, que o inóspito atual ambiente não permite.
Podemos, entretanto, dizer que:
Um teórico é aquele que, basicamente, procura relações entre forças dentro de certos contextos para entender os equilíbrios e desequilíbrios de um determinado fenômeno em movimento.
É diferente de um pesquisador de campo, que:
Aquele que coleta dados baseado em uma dada teoria já pronta.
Ou de um filósofo:
Aquele que organiza modelos de pensamento para permitir o desenvolvimento de teorias e metodologias, a posteriori, baseados em uma dada concepção do ser humano.
Na “cadeia alimentar” da Ciência teríamos, então:
- Os filósofos – que trabalham com adequação de linhas de pensamento, base para qualquer teoria;
- Os teóricos – que trabalham com linhas de pensamento filosóficas, base para qualquer pesquisa de campo;
- Os pesquisadores de campo – que trabalham com as teorias.
(Temos nesse meio os metodológicos, aqueles que criam as metodologias a partir das teorias, vou ver um lugar para encaixá-los depois.)
Ao se analisar um dado registro produzido com fim científico, principalmente na área humana, portanto, é possível classificar em que nível se trabalha e em cada um deles qual é a corrente ou as multi-correntes que abraça.
É isso, que dizes?