Versão 1.0 – 19/08/13
(continuando reflexões iniciadas aqui.)
Não sei se sabem, mas ando fazendo meu pós-doc em filosofia na Youtube University, a melhor escola já inventada em todo o mundo. 🙂
Vou flanando, conforme interesses, com meu problema relevante como meu guia (Internet/causas/consequências e atitudes mais eficazes?).
Assim, baseado nesse trilho tenho crescido muito, reforçando, questionando, aprendendo e me situando nas mudanças do pensamento humano ao longo do tempo.
Notei que temos uma linha de abordagem, que é bem marcada pelos vídeos da Educatina.
Os vídeos da Educatina que me ajudaram no início, depois viraram algo meio como um veneno, pois eles analisam um filósofo, suas ideias chaves, seu pensamento, sem contexto.
Ou seja, as ideias deles parecem, às vezes, tão imbecis, que dão até raiva.
Porém, o problema é a falta de contexto, pois cada pensador tem dois compromissos que lhe motivam a pensar e escrever.
- O pensamento do seu tempo, que ele vai duelar contra.
- E o pensamento pós-tempo daqueles que ele vai influenciar.
Descartes, por exemplo, teve uma luta enorme contra a estrutura da Igreja e suas verdades absolutas, abrindo a porta para o ser humano pensar por conta própria. Depois, desenvolve o seu método de pensar.
A briga do pré é uma e o que ele propõe depois é outra.
Muitos jogam pedra na visão cartesiana, mas tem que entender o contexto em que ele produziu e contra que “dragões” ele teve que enfrentar.
Assim, podemos dizer que cada filósofo é anti algo e pró alguma coisa.
Podemos ao estudá-lo aprender algo com o anti ou com o pró, sem preconceito.
Além disso, tenho desenvolvido a ideia de que o mundo vive ciclos de expansão e contração e que haverá mais espaço para um determinado tipo de filosofia em cada uma das fases.
- Na expansão, haverá o questionamento das autoridades, uma defesa da razão, um caminho de se pensar problemas mais macros, de uma filosofia mais ampla, mais dedutiva, mais subjetiva. Aqui questiona-se o modelo da governança da espécie em mutação com novo modelo de líder sendo construído. Aqui teremos os racionalistas;
- Na contração, haverá um questionamento menor das autoridades, uma defesa das coisas práticas, da melhoria da eficácia, de uma filosofia mais aplicada, de um retorno aos fatos, aos problemas concretos. Aqui reforça-se o modelo. Aqui reforça-se o modelo da governança da espécie que já se transmutou com novo modelo de líder sendo construído. Aqui os empiristas e pragmáticos.
Ainda estou no início das pesquisas, mas já se tenho alguma noção de filósofos que defendem cada uma destas visões. Aguardem.
Que dizes até aqui?
[…] filósofo, como escrevi aqui, é sempre alguém que se revolta com algo que existe e propõem algo […]