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Não podemos mais separar a história da filosofia como fazemos hoje, pois há uma influência clara das mudanças nas mídias e escolas filosóficas. Temos que analisar a história da filosofia, assim, em movimentos de contração (quando a filosofia é relegada a segundo plano) e de expansão (quando ela volta à cena com força).

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Assim, se analisarmos relação de causa e efeito da história recente do mundo ocidental, desde a Grécia, podemos observar que houve uma ordem de acontecimentos:

  • Invenção e difusão da escrita manuscrita  – descontrole de ideias – surto filosófico – monoteísmo  novo modelo de governança;
  • Invenção e difusão do alfabeto grego – descontrole de ideias – surto filosófico – democracia grega, novo modelo de governança;
  • Invenção e difusão do papel impresso  – descontrole de ideias – surto filosófico – democracia francesa, novo modelo de governança
  • Invenção e difusão da Internet  – descontrole de ideias – surto filosófico – democracia digital, novo modelo de governança (?)

Obviamente, que esse campo está apenas começando, mas já nos dá uma base para repensar a forma que nos vemos e o passado.

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Note que filósofos revolucionários, ou um grupo grande deles, em surtos, só conseguem exercer suas ideias quando estão em um forte  ambiente de descontrole de ideias, que preparam um novo modelo de governança da espécie.

São filosofias que quebram o paradigma de um grupo de autoridades anterior e se dedicam a modelo uma autoridade mais representativa, pois não haverá sociedade sem autoridades.

A chamada filosofia moderna, por exemplo, que se afirma ter começado a partir de 1450, por motivos inexplicáveis, ganha agora uma nova explicação:  a chegada do papel impresso. Bem como a história moderna.

Dessa forma, se podemos desenvolver esse tema mais fundo, é possível afirmar que tivemos três blocos de filósofos:

  • Os orais – que difundiram sua mensagem pela fala;
  • Os escritos – que usaram a escrita nas suas diferentes etapas (tanto de suporte pedra, papiro, papel como de códigos desenhos e alfabetos);
  • Os digitais – que vão, como estão,  começando a difundir suas ideias pelo novo canal.

Por aí, que dizes?

Versão 1.2 – 11/11/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.

3 Responses to “Revisão da história da filosofia”

  1. […] Como vimos aqui, temos que fazer um resgate da história da filosofia. Nossa revisão passa pelo processo de contração e expansão cognitiva, que tem forte influência nas escolas filosóficas. […]

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