Não se vê muita vantagem, com razão, de ler em um tablet/celular/computador do que no papel. É o mesmo processo digitalizado, mas o que temos pela frente como grande vantagem não é isso! Estamos fazendo mais do mesmo. Ou seja, digitalizando a topologia atual, ao invés de migrar para uma nova topologia.
Versão 1.0 – 06 de dezembro de 2012
Rascunho – colabore na revisão.
Replicar: pode distribuir, basta apenas citar o autor, colocar um link para o blog e avisar que novas versões podem ser vistas no atual link.
Saiu no Valor hoje um artigo sobre a chegada do novo livro digital, que vai nos ajudar a pensar sobre a migração para o mundo 2.0 de maneira geral e, em particular, o caso das editoras.
Roberto Feith, diretor-geral da Objetiva e presidente do conselho da DLD (Distribuidora de Livros Digitais, empresa que representa as editoras Record, Objetiva, Sextante, Rocco, Planeta, LPM, Novo Conceito e da canadense Harlequin) aponta as mudanças no seguinte artigo “Livro digital estimula novos gêneros e outro perfil de leitor“.
Ele acredita que vamos ter agora:
- – passagem de obras do papel para digitais;
- – redução do tamanho dos textos: a ideia é publicar obras de até 15 mil palavras.
Note que a relação do modelo texto-leitor continuará igual. Muitos dirão que gostam do papel, não gostam de ler em telas, que o preço do digital ainda não compensa, etc.
Não se vê muita vantagem, com razão, de ler em um tablet/celular/computador do que no papel. É o mesmo processo digitalizado, mas o que temos pela frente como grande vantagem não é isso! Estamos fazendo mais do mesmo. Ou seja, digitalizando a topologia atual, ao invés de migrar para uma nova topologia.
A Cultura 2.0, que nos traz o grande diferencial, é justamente a criação de uma plataforma que permite uma nova maneira de estabelecer a troca entre o produtor-consumidor, em qualquer área. Não há possibilidade de se beneficiar disso de forma mais relevante, a não ser criando a nova plataforma, como vemos no modelo abaixo:
Nesse modelo o autor e o leitor e o leitor e o leitor estão na mesma plataforma, que permite:
O autor:
- – escrever direto na plataforma;
- – atualizar os textos na plataforma, quando achar que deve, espalhando para todos que o recebem;
- – receber comentários, sugestões, críticas;
O leitor:
- – Receber as atualizações feitas pelo autor;
- – Poder compartilhar a leitura com seus amigos, alunos, conhecidos, etc, tanto o livro todo, quanto uma página, um parágrafo, uma frase;
- – Poder traduzir qualquer texto de qualquer língua para qualquer língua;
- – Poder tirar uma dúvida sobre qualquer palavra;
- – e conhecer o histórico de leitura sobre cada texto, obtendo as marcas feitas por quem já leu, a critério do leitor.
Note que tais vantagens nos levam para um novo mundo de leitura de livros, que será uma grande vantagem principalmente nos livros técnicos, didáticos, de conhecimento.
É um salto quântico do que temos hoje e quando tivermos algo assim ninguém mais poderá dizer que prefere o livro de papel, a não ser para casos muito particulares.
Concordas?
Que dizes?
Li o texto e logo me veio a imagem de eu estar bem ao lado de um autor durante a criação de uma obra onde me era permitido dizer-lhe que não estava entendendo ou sorrindo num acenar que estava ficando muito bom.
Legal, Paulo, valeu visita.
Tomando como premissa que, para cada correção ou melhoria em um livro tradicional, de papel, é lançada uma nova edição, ou seja, em outras palavras, para cada edição, têm-se um ganho em qualidade, e se pensarmos no tempo que isso leva (meses?) e agora considerarmos esse mesmo processo sob o novo contexto, que você citou, ou seja, um modelo que não separa a distância física entre leitor e autor, um modelo interativo, colaborativo, em tempo real, podemos perceber que realmente se trata de um salto quântico, pois a obra estaria sofrendo ajuste fino continuamente – uma forma de aumento de qualidade exponencial. Fantástico!
Luiz, gosto do termo conhecimento líquido, é o que passamos a ter com mais nitidez no novo ambiente digital.
Concordo plenamente com tudo o que foi dito, porem fico pensando na dificuldade editora e autor terão em ganhar o dinheiero que ganham hoje.
O modelo de negócio muda, é mais naquilo que é raro….que seria o encontro especial com os autores, via palestras,
encontros, etc, como já ocorre na música…
Não sou exatamente o perfil “bookworm” mas adoro ler ousando até considerar a leitura como a minha maior fonte de lazer solitário isto é , aquele que tem a grande vantagem de poder ser usufruido em sua plenitude sem a necessidade de outras pessoas…
Atualmente o último livro que estou lendo é o best-seller do gênero não ficção “Guia Politicamente incorreto da Filosofia” e infelizmente estou com dificuldade de armazenamento de tantos volumes.
Não hesitarei em migrar para a nova plataforma tão logo entenda haver disponível uma oferta suficiente de diversos gêneros de e-books….
Um abraço,
Cynthia
Muito bom, estou na mesma expectativa.
Demorou!!! Esta interação já deveria ser possível para os blogs. Sería ótimo podermos acrescentar, sugerir etc. novas informações em artigos dos blogs. Identificamos uma palavra errada, marcamos e colocamos a sugestão. O “dono” do artigo vê as interações e aceita ou rejeita. O artigo seria enriquecido com complementos, referências… tudo interativo. Não seria ótimo termos esta possibilidade também no ambiente dos blogs??? É assim no ambiente wiki.
Bjs Judi
Judi,
Bom, acho que cada caso é um caso. Existe o blog de autor, que é esse aqui e o blog coletivo.
Não veria problema em pessoas sugerirem correções, mas isso é feito nos comentários…acho
que cada tempero exerce um gosto na salada, conforme necessidade.
Conceito legal, acho até que seria uma evolução das Wikis atuais.
Sim, seria realmente o novo livro colaborativo…dialógico.