As necessidades vão tentando procurar novas formas de se comunicar e informar e estas vão moldando o modelo da gestão. Quando mudamos o modelo informacional, necessariamente, teremos que mudar, mais ou menos aceleradamente, o modelo de gestão.
Rascunho – colabore na revisão.
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Talvez a mensagem mais chocante dos novos autores, com os quais me alinho, que estudam os efeitos da Internet nas organizaçções é esta:
A gestão atual está com os dias contados!
As pessoas olham para o lado e não vêem nada que confirme esta tese, ou melhor, olham rapidamente e sem cuidado, mas não conseguem perceber isso de forma clara.
Os eventos que participo – e não são poucos – é divido em 95% do que está aí e 5% do que pode ser, em salas pequenas, no meio do contexto, no meio do bolo.
Ou seja, não é esse futuro estranho que interessa discutir, mas tentar negá-lo e ficar como a orquestra do Titanic, tocando como se não fosse ocorrer.
E todos seguem em frente.
O título do Valor de hoje é até interessante, quando discute a visão dos acionistas e seus robôs na bolsa de valores, para eles vivemos:
Peter Drucker ao ser questionado sobre o futuro respondeu com uma boa frase:
“Não devemos olhar as árvores grandes, mas as pequenas que serão elas que vão virar a floresta!”
Ao analisar os efeitos da chegada da Internet, temos que perceber algo interessante (ainda incipiente) que é o seguinte:
- a) estamos gradualmente, fora das organizações, mudando o modelo de controle dos ambientes informacionais;
- b) antes havia um gestor que controlava o fluxo de entrada e saída dos dados e cuidava sozinho do que havia lá dentro;
- c) o modelo de informação é a base de estruturação humana, modifica nosso cérebro e torna-se a base do modelo de gestão e de representação.
- a) há uma demanda humana por mais eficiência (motivada, a meu ver, pelo aumento demográfico);
- b) muda-se o modelo de controle da informação, a partir da chegada (ao acaso) de uma nova tecnologia cognitiva desintermediadora;
- c) isso começa na sociedade, fora das organizações;
- d) o modelo passa de periférico para cada vez mais popular, pois vai barateando e tornando-se cada vez mais fácil de usar e mais necessário;
- e) começa-se uma pressão para que o novo modelo seja adotado nas organizações.
Na figura, pela ordem:
Temos as necessidades, os ambientes de informação e depois os de gestão.
As necessidades vão tentando procurar novas formas de se comunicar e informar e estas vão moldando o modelo da gestão. Quando mudamos o modelo informacional, necessariamente, teremos que mudar, mais ou menos aceleradamente, o modelo de gestão.
Vivemos hoje, assim, a olhos vistos uma Revolução Cognitiva que modifica o modelo de controle informacional, em primeira instância, que cria novos modelos de controle mais ágeis e mais dinâmicos.
Estamos saindo do controle baseado em um gestor, que tinha a capacidade de gerenciar o fluxo para um novo modelo em que são incorporados ao processo, eliminando-o em todo e em parte, através de dois novos e importantes “personagens”:
- – a qualificação dos dados pelos usuários, através de estrelas, tags, curtir, ou não, comentários, acessos;
- – e o uso de robôs, que permitem analisar e agir sobre uma base muito grande de dados.
Vemos estes modelos no ambiente informacional: Wikipédia, Youtube e Facebook.
Já vemos esse modelo na área de negócios: Amazon, Taxibeat e Mercado Livre.
E começamos a ver experiências das organizações, “mordiscando” o novo modelo, mas sem perceber que se trata não de adotar um novo modelo informacional, porém este vai condicionar, inapelavelmente, um novo modelo de gestão.
Motivo simples: é mais barato do que o mais antigo e quando há algo melhor como opção, mesmo que demore, a sociedade migra para ele.
Quanto mais rápido isso for feito e de forma consciente e planejada, mais barato e mais valor a organização vai gerar no cenário futuro.
Concordas?