Note que estamos vivendo um fenômeno novo. Revoluções Cognitivas no passado eram muito lentas. Duravam milênios.
Evoluções Cognitivas levavam menos tempo, mas eram séculos.
(Ver a diferença entre uma e outra aqui.)
A Revolução Cognitiva Digital tem uma característica própria da velocidade. O que no passado se levava séculos para perceber o efeito, hoje estamos levando décadas.
(E é por isso que há a emergência para que esse fenômeno precise ser estudado e incluído nas filosofias, teorias e metodologias de plantão.)
Ou seja, pela primeira na história dessa humanidade (como diria o Lula) uma Revolução Cognitiva pode ser diagnosticada e trabalhada de forma estratégica, se nossas baixa de abstração permitirem.
Digo mais: tal Revolução pode servir de ferramenta política de transformação, pois antes era algo que acontecia e só nos dávamos contas séculos depois.
Quando se pensa nisso pode parecer algo do outro planeta, mas começamos a ter ferramentas de análise para ela e quando entendemos um fenômeno é o primeiro passo para poder lidar com ele.
Até o momento, estamos ainda engatinhando para compreendê-lo fora da superfície.
Por isso, acho que deve haver um retorno ao estudo da Escola de Toronto, que é o pessoal que estudou rupturas como essa no passado. Eles são os pais do que chamei de Antropologia Cognitiva (do ponto de vistas teórico) e Filosofia Tecno-Cognitiva (do ponto de vista filosófico) e da implantação da Migração para a nova Governança, via laboratórios disruptivos (do ponto de vista metodológico).
Há, assim, uma junção entre implantar novas tecnologias da nova Governança e fazer política, algo impensável no passado.
Hoje, uma Revolução Social se confunde com uma Revolução Tecno-cognitiva, uma não ocorrerá sem a outra. Para que isso passe a valer, precisamos enterrar o que pensávamos sobre política no século passado.
E isso talvez não seja algo possível em uma ou duas gerações.
É isso, que dizes?
Agradeço pelo artigo que discute a Revolução Cognitiva como uma Revolução Política e chama atenção para a importância de estudar e incluir esse fenômeno nas filosofias, teorias e metodologias atuais. É interessante observar como a velocidade dessa revolução é diferente das revoluções e evoluções cognitivas do passado, e como isso afeta a sociedade e a política atual. O artigo traz uma reflexão importante sobre a necessidade de compreendermos essas mudanças para agirmos de forma estratégica.