Vou criar meus critérios, a seguir:
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Ensino – transmissão de conhecimento.
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Aprendizado – mutação de conhecimento.
Note bem que são necessidades distintas, pois quando criamos o processo de contração cognitiva, queremos consolidar as ideias da Revolução Francesa, desde 1800.
Viemos, de lá para cá, consolidando esta nova sociedade e mais e mais fechando um ciclo.
Tal contração nos levou a um mundo cada vez mais fechado na tomada de decisões e construção das verdades, que ficaram cada vez mais com baixa qualidade.
Agora, começamos o novo ciclo de expansão, no qual vamos tentar criar uma nova Governança da Espécie e o movimento é diferente, é hora de recriar um novo ciclo para resolver os problemas da nova complexidade demográfica, que a governança atual não permite.
- Na contração cognitiva, teremos, assim, ensino.
- Na expansão, cognitiva, teremos o retorno do aprendizado.
Quando falamos aprendizado estamos necessariamente precisando de interação e de participação.
É a sujeitação do indivíduo versus a objetivação do ensino.
E o processo parte de pontos de partidas diferentes.
No ensino, quem escolhe o problema é o grande outro, que tem lá seus problemas e precisa que alguém se capacite a operar alguns botões quando precisar de ajuda. O ensino prepara o aluno para ser um objeto do projeto alheio.
No aprendizado, quem escolhe o problema é o próprio aprendiz, que tem lá seus problemas e precisa ser capacitado para solucioná-los. O aprendizado prepara o aluno para ser um sujeito dos seus próprios projetos.
Todo o sistema educacional, entretanto, no fundo, se baseia em problemas.
No ensino o problema não aparece, gramaticalmente brincando é um problema oculto, do outro, enrustido, quando no aprendizado o problema passa a ser explícito.
Por isso, no aprendizado, como estamos começando agora, não importa muito a quantidade de dados, assuntos que o cidadão tenha, mas a qualidade do problema, a abertura que tem para aprender na tentativa e erro e na capacidade de interagir com aqueles que querem uma melhor solução.
Não se trabalha com a lógica da certificação, em que se está pronto, depois de alguns anos para só então começar a ajudar a resolver o problema do outro.
O problema explícito é a base do aprendizado que é feito não pela quantidade do conteúdo ou do assunto que se estudou, mas por uma capacitação gradual em interagir e mais e mais melhorar na capacidade de resolver o problema escolhido.
Por fim, quanto mais sofrimento minimizar, mais o aprendizado será relevante para a sociedade.
Por aí,
que dizes?
Versão 1.0 – 16/10/2013 – Colabore revisando, criticando e sugerindo novos caminhos para a minha pesquisa. Pode usar o texto à vontade, desde que aponte para a sua origem, pois é um texto líquido, sujeito às alterações, a partir da interação.