Conversando com o Alexander Rodrigues, ele questionou o modelo das Eras Cognitivas estar colocado deitado e não em pé, como um Espiral. Ontem, em sala de aula o tema voltou, a partir de um questionamento de um aluno mais reticente à s mudanças, que sempre dizia que “desse jeito vamos voltar para o mesmo”. E isso exite uma reedição deste post de abril de 2013, que coloco nova data.
O que acontece é que, a meu ver, a espécie humana não evolui. Ela apenas se adapta ao ambiente, criando tecno-ecologias sociais mais sofisticadas, conforme o tamanho da população em movimentos pendulares.
Em determinadas crises, temos a tendência de ir para os extremos dos pêndulos e na normalidade, tendemos ao equilÃbrio do meio.
Porém, há somatórios, pois conseguimos, através das Tecnologias Cognitivas que vamos melhorando armazenar experiências e aprendermos com os erros do passado.
Nada, entretanto, nos garante que não vamos voltar a pontos de barbárie se determinadas condições gerais, tal como a queda de um grande meteoro, criar sérios problemas de sobrevivência.
Assim, podemos dizer que as sociedades evoluem nas suas regras e leis, porém não os humanos, que podem refazer estas regras, desde que um dado contexto retorne.
Essa visão é facilitada pela Antropologia Cognitiva que nos permite ter um novo olhar sobre o passado, a partir das rupturas nos Ambientes Cognitivos para os quais as Ciências Sociais foram cegas no passado.
A base dos estudos das Ciências Sociais no novo século, não agora, mas daqui a algumas gerações, (assim que passarmos a intoxicação do último século), será refazer o papel das tecnologias na nossa espécie, apoiadas fortemente pelo apoio das máquinas dos neurocientistas.
Vamos tentar construir um modelo, ainda primitivo, como o abaixo:
 Note que teremos momentos adaptação dos Ambientes Cognitivos ao tamanho da população. Somos a única espécie animal do mundo que reinventa permanentemente, de forma incremental ou radical, seus ambientes de comunicação e, por sua vez, a forma que pratica a governança da espécie.
As Eras são marcadas, ainda, por momentos de Expansão e Contração, que podem ser macros ou micros. Hoje, por exemplo, vivemos uma Expansão Cognitiva de maneira geral e uma micro concentração do novo ambiente no Google e Facebook, mas que é apenas uma fase intermediária para o novo salto que vai acontecer.
O Pêndulo tende à expansão, mas dá uma paradinha no meio, algo assim, como vemos no quadro abaixo.
- Note que a figura do espiral é bem interessante, pois os momentos de ruptura entre o controle e o descontrole cria uma espécie de bolsão, de susto, de crise, que marca o inÃcio de uma guinada para  uma nova etapa que surge (marquei em azul), que é o momento que estamos passando;
- Este bolsão vai da chegada da nova tecnologia cognitiva até a promoção das mudanças e adaptação da gestão da espécie, diria que a fase azul, a última, durou de 1450 a 1800, quando as revoluções francesa e americana estabeleceram as bases polÃticas para a nova gestão da sociedade;
- Note depois à direita que há um movimento de recontrole e nova consolidação das ideias para sedimentar o novo modelo de gestão da espécie;
- Podemos ver à esquerda também os momentos em que há uma nova mÃdia/tecnologia cognitiva reintermediadora que expande as ideias e cria um novo ciclo humano.
É isso, que dizes?
[…] chegada de novas Tecnologias Cognitivas, que nos levam a uma nova Governança da Espécie – ver mais aqui – 08/04/13, refeito em […]