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Quanto mais quero controlar, mais descontrole me aparece Nepôda safra 2011;

O que o mosquito da dengue, os aeroportos, os poços de petróleo, os postos de saúde, os postes de luz têm em comum?

Não conseguem mais ser fiscalizados pelos nossos métodos tradicionais de gerir a informação.

Temos um aumento muito grande de volume para cada vez menos fiscais.

E não adianta investir em mais fiscais, pois o volume continuará crescendo, inviabilizando o custo/bnefício.

Não adianta tentar evitar o crescimento do que deve ser fiscalizado, pois os fiscais não têm controle sobre o que está de fora.

Resultado: o modelo de fiscalização vai ficando cada vez mais obsoleto e o que era para ser fiscalizado não o é e tudo que a sociedade não gostaria que acontecesse em função disso, acontece.

Quando pensamos na implantação de Redes Sociais Digitais Corporativas, tanto em empresas públicas ou privadas, estamos falando da implantação de uma nova cultura de controle, que permite que se administre mais informação com o número de fiscais existentes, mudando, entretanto, o perfil deste.

É preciso pedir ajuda “aos universitários”. 😉

Pedir ajuda a quem está perto destes locais para que avisem aos fiscais aonde e quando agir, ficando estes responsáveis, aí sim, para cumprir o seu papel nos lugares em que o problema é mais grave.

A estratégia de ação é modelada pela comunidade em torno destes problemas.

É a aplicação da lei da desintermediação, que abordei aqui.

Temos duas redes a serem implantadas  para contornar estes problemas, com respectivos métodos de controle, tecnologias e treinamento profissional adequado:

a rede de baixa adesão – que aponta pontualmente problemas, mas não se organiza enquanto um corpo ativo de apoio na fiscalização;

a rede de alta adesão – que constitui um corpo de usuários, que são continuamente próximos do problema, que mais facilmente podem informar cotidianamente possíveis desequilíbrios para uma ação do órgãos responsáveis.

É uma parceria de confiança, com metodologias de Karma Digital para filtrar os participantes que estejam trazendo ruído e estimular os que trazem significado.

Temos vários exemplos de ações desse tipo, já usando tecnologias digitais, ou não, vejamos:

Disque-denúncia – Rio de Janeiro – população avisa dos problemas de segurança, apontando a estratégia de ação dos órgãos de segurança;

Rádios de trânsito – São Paulo – motoristas, via celular, informam problemas no trânsito e grandes acidentes  “pautando” o jornalista que sai de helicóptero para cobri-los.

 

O que temos, na verdade, por baixo destes modelos, é:

  • Aumento de complexidade (mais problema com menos recursos)
  • Nova cultura de controle (co-criação, via plataformas colaborativas que servem para pedir ajuda aos usuários mais próximos da fiscalização a ser feita;
  • Mudança de perfil dos fiscais, que passam de fiscalizadores dos dados brutos para estimuladores e gerenciador dos dados filtrados pelas comunidades.
Tal método visa reduzir o desequilíbrio entre o custo/benefício do processo a ser fiscalizado, criando uma nova cultura de controle, que é mais compatível com os problemas complexos que temos pela frente.

A grande ciência dos fiscais 2.0 é conseguir fazer com que as redes de baixa adesão sejam atrativas para o engajamento em redes de alta adesão, contando com o aumento gradual do apoio da população para ajudar a solucionar os problemas.

Muitos dirão que várias questões legais, metodológicas, tecnológicas vão aparecer pela frente.

Vão sim, mas quanto antes resolvermos todas elas, mais rapidamente conseguiremos melhorar a fiscalização de processos que mais e mais têm gerado crises na sociedade.

Que dizem?

One Response to “Fiscalização 2.0 – como as redes sociais corporativas podem ajudar?”

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