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Tenho dito que a Antropologia Cognitiva é o único campo de estudos que pode fazer prognósticos mais consistentes sobre o futuro.

(A partir de um papo numa estação de VLT com Luciana Sodré.)

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Muitos dirão que todo martelo só vê pregos.

E que como abracei este campo de estudos vou priorizá-lo por um capricho do ego.

Vou tentar colocar argumentos para defender a ideia de forma lógica.

O conhecimento humano avança de forma integrada, a partir de alguns fatores:

  • novas tecnologias que nos permitem enxergar melhor, ver melhor, medir melhor, ver  o que não víamos;
  • novos fenômenos que obrigam a repensar alguns paradigmas;
  • novos malucos que chegam para apresentar ideias completamente diferentes;
  • o legado filosófico, teórico, metodológico no tempo, que nos faz amadurecer com o tempo, pois mais e mais gente passou e pensou de forma incremental ou disruptiva sobre problemas.

Vivemos hoje a chegada de  nova Revolução Cognitiva, que provoca mutação no Sapiens e, por sua vez, em toda a sociedade futura.

Assim, é preciso refletir sobre:

  • Quem somos?
  • Como caminhamos na história a partir das rupturas de mídia?
  • Como as tecnologias influenciam na nossa história?
  • Como as tecnologias cognitivas mudam a sociedade humana?

É como se tivéssemos uma epidemia de zumbis no mundo, no qual os especialistas em epidemia de zumbis terão mais facilidade de prever o futuro.

Temos uma crise devido a:

  • novos fenômenos que obrigam a repensar alguns paradigmas;

É hora dos “especialistas de zumbis”, pois a “epidemia” é de “zumbis”.

É preciso compreender como os “zumbis” surgem, qual será a extensão da epidemia sobre a sociedade para depois começar a ver como isso vai impactar as demais abordagens, nos diferentes campos de estudo.

Todos os campos de estudos serão impactados pela mudança de paradigma que tal fenômeno tem sobre a sociedade.

Tal campo não é melhor do que os outros, mas conjunturalmente é chave, pois consegue entender melhor a natureza do fenômeno que acaba por impactar todos os outros.

É como se tivéssemos, diante de uma epidemia de zumbis, discutindo a sociedade, sem incorporar o fato de que há um processo radical de “zumbizamento” rápido de toda a sociedade.

Todos os campos de estudo que procuram projetar o futuro terão visão parcial do fenômeno, pois não se debruçarão sobre o principal fenômeno e as revisões necessárias.

É preciso recomeço, novo paradigma filosófico, nova pedra fundamental estruturante, que permita incorporar no cerne das novas abordagens mudanças como a Internet na sociedade humana em cada um dos campos das ciências sociais.

É preciso recomeçar com a seguinte frase: o Sapiens muda quando mudam as mídias e as linguagens. E cada problema que é estudado tem que levar isso em consideração.

A Antropologia Cognitiva se dedica justamente a entender estas mudanças de mídia na história e, por causa disso, consegue ter mais facilidade e consistência nas projeções.

O papel de campos estudos é de criar teorias e teorias têm como uma das missões prognosticar o futuro.

Campos de estudo, tais como comunicação, conhecimento, redes, informação, ciências sociais, ciência política, economia, sociologia ou antropologia que não seja cognitiva e vários outros perdem o sentido, pois partiram de premissas filosóficas que estão superadas.

A estrutura desses campos partem de uma “pedra fundamental” de que tecnologias são neutras e que o ser humano as controla.

Quando isso é falso.

Tecnologias e Sapiens formam uma moeda de duas faces. Quando mudam determinadas tecnologias, o Sapiens muda com elas.

Todas as tentativas que tais campos de estudo fizerem de forma isolada, sem passar pela Antropologia Cognitiva serão parciais.

Há  grandes sacadas, contribuições, metodologias interessantes que estão por aí nestes campos de estudo, mas se tornam precárias quando querem fazer prognósticos do que virá, pois partem da premissa filosófica equivocada.

Não deram ainda o “cavalo de pau” necessário para incorporar de forma consistente o fenômeno Internet nas suas teorias.

Conseguem ver apenas  parte do elefante e não o todo.

Hoje, é preciso repensar o ser humano e depois começar a repensar suas diferentes atividades. Se começamos a repensar as diferentes atividades sem repensar o ser humano, o caminho se torna nebuloso.

É isso, que dizes?

 

 

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