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Todo mundo quer dizer que agora está na Economia Criativa.

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Sim, vivemos hoje a passagem da Economia Repetitiva para a Criativa. E há muita ilusão por aí que basta fazer um curso de criatividade na esquina de dois dias para deixar de ser repetitivo.

Está cada vez mais evidente que se há uma Economia Criativa Emergente, tínhamos uma antiga prosaica, prática, realista, desimaginativa, extenuada, esgotada, exaurida, estéril, infrutífera, desprovida, seca, gasta, exausta, infecunda, improdutiva Economia.

Porém, há muitos mitos sobre tudo isso.

Vejamos:

  1. Revoluções Cognitivas na história promovem a passagem de ciclos de baixa taxa de inovação para alta taxa de inovação. Ou seja, não vivemos uma novidade histórica, mas algo natural na caminhada humana;
  2. A causa principal da baixa criatividade da atual economia é aumento demográfico progressivo, que nos legou o abacaxi de 7 bilhões de habitantes, aumento de sete vezes, nos últimos 200 anos;
  3. Saltos demográficos provocam concentração da produção para massificar ofertas;
  4. Concentração da produção favorece concentração de mídia;
  5. Concentração de mídia, nos leva à concentração da inovação em organizações cada vez maiores.

Há, assim, um esgotamento de um ciclo do Sapiens que fez tudo que podia dentro de um determinado ambiente cultural-organizacional.

A chegada do digital não é apenas a passagem de uma Economia Repetitiva para uma mais Criativa. Este é o sintoma da mudança.

Por trás da Economia Criativa tem uma nova forma de resolver problemas, baseada em uma nova linguagem e um novo modelo de administração.

Ou seja, uma organização que pratica a Administração 2.0 terá limites de criatividade, pois o modelo de trocas que pratica não pratica o que podemos chamar de Criatividade 3.0.

A Criatividade 3.0 precisa de um novo modelo administrativo, a saber:

  • sem gerentes;
  • com o consumidor decidindo, via aplicativos;
  • totalmente digital.

Não é possível, a meu ver, praticar a Criatividade 3.0 no modelo de Administração 2.0.

Sim, pode-se ser mais Criativo no ambiente 2.0. Claro que se pode, mas não é isso que vai resolver o problema, pois a geração de valor do lado de fora da organização não é uma empresa mais criativa.

O que se está exigindo como desafio é uma mudança administrativa para que se possa praticar a Criatividade 3.0.

Ou seja, não é a Criatividade 3.0 que vai entrar nas atuais organizações repetitiva, mas é uma mudança administrativa disruptiva que vai permitir as atuais organizações a entrar nesse novo ambiente criativo.

A Criatividade 3.0 não é, portanto, uma mudança das pessoas que estão mais criativas, mas uma nova forma de resolver problemas usando um novo aparato tecnológico, que cria um novo modelo de administração.

O que assistimos do lado de fora das organizações tradicionais é o uso de uma nova linguagem humana (a quarta, dos ícones e cliques) que criam novo modelo de administração, a curadoria.

Podemos dizer que a Economia Repetitiva, que trabalhava na Criatividade 2.0, do século passado marcou o esgotamento da gestão, baseada nos gestos, na oralidade e na escrita, que exigia um gestor, gerente, chefe para decidir.

A Economia Criativa só pode ser criativa dentro das novas possibilidades do mundo digital, que pratica um novo modelo de administração.

O que estou dizendo é que a Gestão tem uma limite de criatividade específico, um tipo de modelo hierárquico, que tem um teto criativo.

Por mais que se queira passar esse teto, há um limite do próprio modelo. Só existe possibilidade de aumentar a criatividade, se o ambiente criativo for o 3.0.

Ou seja, não adianta querer ser Criativo, aonde há uma forte cultura que ficou cada vez mais repetitiva!

O salto que precisa ser dado é muito maior para continuar gerando valor.

É isso, que dizes?

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