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A dicotomia esquerda/direita é boa para quem se diz de esquerda e péssima para quem se diz de direita.

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A república e a economia de livre mercado e consumo é algo que se mostrou válida no tempo e gerou uma cultura. Já não é mais uma ideologia que quer virar uma cultura, mas uma cultura que sobreviveu no tempo, a partir de uma ideologia.

Há dentro da cultura republicana diversos grupos que defendem rumos diferentes para o estado moderno, para a economia de livre mercado e consumo.

Há grupos mais religiosos, outros menos, outros mais radicais no tamanho do estado e outros menos.

São grupos republicanos que têm projetos republicanos distintos, talvez mais ou menos autonomistas e mais ou menos assistencialistas. Com um viés mais ou menos religioso.

Há também em todas as sociedades republicanas grupos que defendem o fim da república, seja para criar um estado apenas de trabalhadores (comunistas/socialistas), de raça (nazistas) ou de credo (radicais islâmicos).

Tais grupos não são republicanos, não disputam o poder político da mesma maneira, pois não querem que a república se mantenha do jeito que é. Questionam não os métodos dentro da república mas a própria filosofia que a estruturou. São filosoficamente anti-republicanos.

Tais grupos anti-republicanos não estão criando uma dicotomia dentro da república, mas são grupos que querem acabar com ela.

Quando se estabelece na sociedade uma dicotomia esquerda/direita, na verdade, estamos escondendo algo fundamental que é a distinção entre pessoas que defendem a república e quem não defende. Que é o primeiro passo para separar o joio do trigo.

Digamos que haja pessoas que digam que são, de esquerda, por causa de uma visão mais assistencialista e estado maior, mas pode-se dizer que é uma esquerda republicana e que defende o livre mercado, é o caso no Brasil de grande parte do PPS e uma ala do PSB – que saíram da anti-república e passaram a aceitar a república.

Os conceitos dúbios, entretanto, atrapalham muito o debate e confundem a maioria das pessoas.

Um liberal, assim, ao se colocar como sendo “de direita” estaria se opondo alguém “de esquerda”.

Porém, a luta republicana  reúne todos republicanos contra os movimentos anti-republicanos, sejam eles ideológicos, raciais ou religiosos (quando falo de religião estou falando de califados ou estados religiosos e não de partidos republicanos religiosos, como democracia cristão, por exemplo).

Assim, uma classificação mais clara para a sociedade é:

  • movimentos que defendem valores republicanos e de livre mercado, com diferentes aspectos;
  • movimentos anti-republicanos e anti-livre mercado com diferentes aspectos.

A ideia de “ser de direita”, no fundo, confunde, justifica e ajuda quem tem uma ideologia anti-republicana, criando a falsa ilusão de que se está falando de pessoas que estão jogando o mesmo jogo.

Tais grupos antirrepublicanos, se escondem como uma opção republicana, mas não são.

Ambos disputam o mesmo espaço na república, quando, no fundo, não é fato: o grupo que se diz da esquerda usa a república, mas não quer viver nela.

Querem trabalhar de forma dissimulada em duas frentes: colhem os benefícios da liberdade republicana justamente para acabar com ela.

Ao esconder seu caráter antirrepublicano e estando na república, quer se colocar como alternativa de poder, apenas para solapar o sistema. É uma espécie de vírus, que simula que é um falso programa.

É preciso chamar cada um e perguntar a cada um o que pensa, como age, qual é o seu propósito para que tenhamos uma classificação não preconceituosa, baseada em reais intenções.

Por isso, um liberal ao se colocar como direita reforça a ideia de que a esquerda é um pólo de oposição válido.

O que é historicamente falso.

A república se estabeleceu depois da idade média para se contrapor as tribos. Projetos anti-republicanos, do ponto de vista do tempo, são pré-medievais. São ideologias que até hoje não conseguiram ser cultura.

Um liberal não é um ser de direita em contraponto a um ser de esquerda.

Um liberal tem uma agenda política progressista e de futuro para uma república de livre mercado, baseada na defesa da descentralização do estado e na valorização da ordem espontânea, dando liberdade aos indivíduos.

Ele combate de forma mais radical correntes antirrepublicanas, que são fortemente centralizadoras e vão fortemente contra tudo que acredita.

E também se opõe a outras correntes republicanas que preferem uma república mais centralizada.

São duas frentes de batalha, uma com mais ênfase e menos espaço de diálogo, devido ao dogmatismo do outro lado, e outra com mais conversa e espaço de interação.

Um liberal se define muito melhor como um Republicano Liberal descentralizador, não assistencialistas, que gostaria de um estado menor.

Não se situa no mundo para fazer oposição a outros, mas para defender uma agenda de descentralização em diferentes ciclos históricos mais ou menos centralizadores.

Um liberal não pode se guiar por ser contra alguém.

Um liberal tem uma agenda propositiva, que, de quando em vez, é oposição a quem vá contra a mesma. Ele não nasce para ser oposição, ser um lado, mais de criar um futuro.

É isso, que dizes?

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