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O principal erro dos achistas (aqueles que pensam o futuro baseado em achismos) é olhar para anéis e não para os dedos.

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Tecnologias só se massificam quando ajudam a resolver determinados problemas humanos latentes.

Se olharmos para problemas humanos e não para tecnologias conseguiremos ver muito mais longe.

Porém, se olha para o dedo que aponta à lua e não para o satélite natural da terra.

O principal problema do século XXI é uma profunda dicotomia entre uma nova complexidade demográfica progressiva e uma cada vez maior incapacidade das organizações de plantão decidir adequadamente.

Estamos tomando decisões de forma muito centralizada, baseada nos interesses e incapacidade dos poderes centrais, que não conseguem atender às latências da sociedade.

O que realmente fará diferença no futuro são tecnologias que nos permitam decidir melhor.

Muitos falam em big data, gestão de conhecimento, internet das coisas,que são apenas metodologias e tecnologias que giram em torno de falsos problemas.

O que o ser humano quer é sair do impasse civilizacional que nos metemos quando crescemos demais demograficamente e perdemos a capacidade de decidir de forma mais participativa.

Podemos dizer que a nossa inteligência coletiva hoje está muito burra!

O problema principal é: usar todo o novo aparato para decidir melhor: aumentar a capacidade das pessoas em participar das decisões.

Quando o poder central passa a decidir por cada vez mais gente, o grupo, o país ou mesmo a civilização entra em crise ou colapso.

De maneira geral, todo o aparato tecnológico que estamos construindo vai nessa direção. Essa é a macro-tendência e o resto é penduricalho.

Temos três módulos tecnológicos que vão nos ajudar a superar esse impasse:

  1. novo aparato que podemos chamar de Digitalização da informação e da comunicação;
  2. o surgimento da quarta linguagem (cliques e ícones), que se agrega às já existentes: gestual, oral e escrita;
  3. e o surgimento da primeira onda de inteligência artificial administrativa.

Esse pacote não pode ser visto de forma isolada, pois é o que permitirá que possamos mudar com segurança o modelo de Administração do Sapiens, através de outro modo de tomada de decisões.

O pacote visa permitir que possamos tomar decisões melhores, de forma mais participativa, pois consegue aumentar a capacidade dos administradores em:

  • informação sobre as ações das pessoas de forma muito mais detalhada do que antes, o que amplia a transparência e eficácia;
  • comunicação mais horizontal, o que aumenta a coesão social;
  • pode-se contar com a avaliação delas sobre a experiência que passaram;
  • pode-se pedir para que decidam de forma muito mais massificada do que antes;
  • pode-se inovar de forma muito mais descentralizada;
  • e o uso de inteligência artificial administrativa, que pode não só coletar padrões mais próximos do desejo coletivo para  ajudar administradores de carne e osso a decidir (primeira etapa) e logo depois decidir sozinha (segunda etapa), baseado em critérios dos curadores, os novos administradores.

A Administração 3.0, a Curadoria, vem substituir, assim, a gestão e é nova forma de tomada de decisões mais participativa.

Na Curadoria, vamos gradualmente abandonando gestores e passando aos curadores.

Todo o aparato tecnológico que estamos criando, não se iluda, visa antes de tudo permitir que decidamos melhor.

É isso, que dizes?

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