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A ideia de que a realidade é sempre inventada. É muito boa.

É de Popper e aparece aqui e ali.

Quando se fala isso, imagina-se que temos que duvidar que a escova de dente é e escova de dente.

Não é bem isso.

É uma atitude de desconfiança perante nossa percepção.

Popper defende que tudo são hipóteses à procura de hipóteses melhores.

Assim, você tem que acreditar na sua escova de dente até que ela não vire algo diferente ou alguém lhe chame a atenção para que ela não é uma escova de dente.

No fundo, à procura da verdade é uma procura de uma lógica melhor que a nossa. Não é individual, mas coletiva.

É justamente  a certeza de que temos dúvidas ou a certeza provisória, que vai nos permitir ter certezas provisórias mutantes e cadas vez melhores.

Porém, quando debato isso com meus alunos, fica algo no ar, existe algum elemento que nos permite ter certezas provisórias melhores?

Eu arriscaria que devemos sempre nos agarrar a certezas provisórias que levem em conta à sobrevivência da vida.

Se existe algo básico dos básicos que deve ancorar todas as certezas provisórias é nunca perder de vista, no caso de estudos de fenômenos sociais, é de que a vida é sempre perseguida, defendida, protegida.

Assim, qualquer filosofia, teoria ou metodologia deve se preocupar com essa base: todos precisam comer, beber, se vestir, habitar, etc.

É sempre bom se perguntar se essa preocupação básica de todo o ser vivo está sendo levada em conta, bem com as suas variações.

Diria que a boa certeza provisória é aquela que não deixa de lado a complexidade humana. E faz parte básica dessa complexidade a demanda de sobrevivência.

Maduro, na Venezuela, por exemplo, resolveu inventar na economia e está faltando papel higiênico. É um caso típico de alguém que não levou a complexidade à sério.

É isso, que dizes?

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