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Não existe nada melhor do que a frase do Clay Shirky para marcar o impasse informacional do século XXI:

“Não temos problemas de excesso de informação, mas de filtros”.

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Na verdade, o que temos é a obsolescência dos antigos filtros, que foram feitos para um volume e uma velocidade de informação muito menor.

Os filtros da Era Analógica eram pessoas de carne e osso, que editavam, organizavam o acervo e definiam por nós o que era e não era para ser acessado.

Já tinha problemas, mas o volume era muito menor se comparado com a explosão pós-internet, principalmente depois da banda larga, quando explodiu o uso e barateou os custos de publicação.

O mundo digital trouxe a abundância da informação e tornou os antigos filtros obsoletos.

A principal crise da informação do século XXI é de filtragem.

Como é também a mesma crise dos gerentes, do bilheteiro do cinema, do caixa do banco. Antigos intermediadores se tornaram incapazes de lidar com a inovação galopante.

Temos complexidade a galope do século XXI e filtros a trotes do século passado.

As novas tecnologias criaram novo modelo de filtragem coletiva, através da quarta linguagem da comunicação, que permite que, via ícones, possamos gerar a Qualificação de Massa.

Ao invés do antigo centro filtrar, temos rede de filtradores, que podem apontar o que é mais ou menos relevante para desconhecidos, via agentes inteligentes, baseados em algorítimos, que  gerenciam todo o processo.

Isso é feito coletivamente, de forma massiva. E é para lá que as organizações informacionais caminham.

Porém, há mudanças individuais necessárias.

Mesmo com os agentes inteligentes, é preciso que cada um tenha nova forma de relação com a informação.

Precisamos muito mais das caixas dos quebra-cabeças do que de das peças sem lógica.

Podemos dizer, assim, que mamãe e papai filtros se separaram, foram cada um para um lado e deixaram-nos órfãos informacionais.

Temos cabeça intermediada do século passado e precisamos enfrentar a abundância da informação do novo século.

O que percebo é que as pessoas procuram ainda se informar sem refletir.

Imagina que informação nasce em árvore e não vem de uma fonte específica. O que é preciso é encontrar as fontes eficientes para os nossos propósitos, que possam nos trazer, pela ordem, dados, informação, conhecimento e sabedoria.

Pode-se analisar cada fonte e perceber o que cada uma agrega e o que, de fato, mais precisamos e nos alimenta melhor.

Fontes eficientes significam organizações e pessoas que nos ajudam a pensar e agir melhor.

Muitos se iludem que agora com a Internet todo mundo é fonte de informação, pois o “mercado das fontes” se abriu.

Isso não ocorre assim pois se fosse um fato todo mundo teria o mesmo número de seguidores no Twitter. O que temos hoje é:

  • muito mais fontes;
  • reguladas pela qualificação coletiva;
  • que ganham ou perdem status pelo desempenho, com meritocracia digital muito maior.

Antes da Internet, praticamente só eram fontes válidas as oficiais, organizacionais e institucionais.

Hoje, não. Ao contrário, as fontes organizacionais se mostram incapazes de competir num mercado aberto e muito mais inovador.

As fontes oficiais lembram aqueles gato gordos que não caçam mais ratos.

Assim, temos hoje muito mais fontes alternativas do que antes, fontes descentralizadas que são qualificadas coletivamente.

Iremos avançar no mundo digital para conseguir qualificar ainda melhor as fontes pelo peso e perfil de seus seguidores versus nossos propósitos.

Algo que o Google já faz ao classificar a ordem de resultados de busca e procura nos conhecer para aproximar maria de joão.

Não podemos comparar, por exemplo, uma fonte com muitos seguidores no Twitter apenas pela quantidade, mas pelo perfil e capacidade de multiplicação de seus seguidores.

Uma pessoa pode ter menos gente e ser muito mais influente daqueles que tem muito mais, dependendo do propósito de quem procura.

Boas fontes são aquelas que trazem muito mais com menos.

Por fim, ainda estamos muito intoxicados pelas mídias passadas, o que faz com que pessoas conhecidas por lá atraiam seguidores não pelo que dizem, mas pelo ibope que têm (ou tinham).

O processo é gradual.

Por isso, te pergunto para te responder depois:

Me diga quem são suas fontes de informação e te direi quem és!

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Baixe aqui:
http://tinyurl.com/cadcertipdfs

 

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