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Murilo Gun, que tem um criativo Canal de Podcast no SoundCloud, fez um programa “Podcast salva”, que pode ser ouvido abaixo:

Ele diz que vai fazer campanha na sociedade para as pessoas ouvirem mais Podcasts. O que me chama a atenção no conteúdo é  uma confusão conceitual recorrente entre linguagem e canal de linguagem.

São duas coisas diferentes, mas tratadas como igual.

Já vivi isso também num debate na Rádio MEC, faz tempo, em que me perguntaram qual seria o futuro do rádio.

Eu perguntei: querem saber o futuro do rádio ou do áudio a distância? O áudio a distância está bombando, mas o rádio tem que se reinventar!

  • Note bem que a oralidade é uma linguagem;
  • O rádio e o podcast são canais em que aquela linguagem circula.

A linguagem é permanente, mas os canais mudam.

São tecnologias temporais, mas nos agarramos a elas e não a própria linguagem.

O ser humano continua e continuará falando enquanto existir no planeta ou fora dele, porém os canais de linguagens serão aperfeiçoados e irão se alterar com o tempo.

Respondi no debate da Rádio MEC que teríamos que pensar no futuro da linguagem oral a distância, que tem duas possibilidades:

  •   presencial – quando estamos todos no mesmo ambiente;
  •  distância – quando os emissores e ouvintes estão distantes.

Murilo Gun diz que quer fazer campanha nos ônibus para mais gente ouvir Podcasts. Deveria fazer campanha para mais gente ouvir a linguagem oral a distância, pouco importa o canal.

E existem vários canais de circulação, incluindo os Youtubes, que podem ter áudio sem imagem, basta colocar uma imagem fixa, como, aliás, é o modelo dos Podcasts.

Áudios a distância permitem que sejam ouvidos quando estamos andando, pedalando, em trânsito. Facilita a vida num mundo cada vez mais agitado.

É uma forte tendência de ser cada vez mais difundido.

Vivemos hoje a descentralização de todas as linguagens, seja a da imagem, da escrita e dos áudios a distância, uma das características de uma Revolução Cognitiva.

O esforço dos Podcasts e similares é justamente o de caprichar no áudio e abrir mão da imagem. Um vídeo com mais qualidade exige perfil, câmera, programa de editor de vídeo, cenário, o que envolve custos.

A pessoa pode gravar um Podcast pelado, mas não um vídeo.

Porém, o Youtube pode circular áudios sem imagem, como tenho feito com a gravação há anos das minhas aulas, com um pequeno gravador de bolso.

(Todo professor do século XXI deveria ter um desses para disponibilizar suas aulas.)

E posso, como tenho feito quando quero estudar, baixar vídeos – principalmente palestras e aulas – por aplicativos de celular (como o Tubemate), transformando-os em arquivos de áudio e ouvir o conteúdo aonde quiser.

Ou seja, transformando os vídeos em áudios.

De fato, estamos vivendo o boom e o resgate tanto da escrita como da oralidade como ou sem imagem, que ganham novos canais de linguagem a distância.

Porém, não podemos nos agarrar aos canais de linguagem, que variam no tempo.

O ideal é transmitir o áudio a distância e publicar aonde tiver público, seja nos SoundClouds e TAMBÉM nos Youtubes.

Como diz Milton Nascimento.

“O artista tem que estar aonde o povo está.”

Uma Revolução Cognitiva permite a expansão da antiga linguagem em novos canais que aparecem e mudam. O negócio é estar aonde o público alvo escolhe.

É isso, que dizes?

Pós-escrito do e-book:

Baixar aqui:
http://tinyurl.com/cadcertipdfs

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