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Quando alguém se diz de direita, na verdade, está aceitando e validando quem se diz de esquerda. Aceita um jogo de cartas marcadas.

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Assim, concorda que há uma luta de classes em que os dois pólos são definidos por Marx, tendo como referência o marxismo e dando status de cultura ao que é apenas uma ideologia, que nunca conseguiu ser cultura em lugar nenhum.

(Uma ideologia para virar cultural precisa: ser viável culturalmente durante um longo período, sem o uso da força ou da violência.)

Abandonei esse conceito, porém, acredito que há uma dualidade na história, que não é a luta de classes, mas movimentos cíclicos de centralização e descentralização de poder, não por uma questão moral, mas por movimentos demográficos-cognitivos.

Assim, o que tivemos, temos e teremos são movimentos que defendem as pontas versus o centro, o poder a capacidade de autonomia (de percepção e ética dos indivíduos), a personalização. E do outro lado a massificação, a moral coletiva do centro contra as pontas, representado pelo capitalismo de estado, comunismo, nazismo, fascismo, bolivarianismo, etc.

Uma filosofia que coloca em lados opostos centralizadores e descentralizadores.

Por isso, quando me perguntam se eu, por estar contra o marxismo, o bolivarianismo e o lulo-petismo, se sou de direita, digo que não é assim que me defino, isso não representa meu ponto de vista.

Eu não sou contra o que chamam de esquerda, mas a favor de algo que os ditos de esquerda querem impor eu eu não aceito. Ou seja, eu tenho um projeto de descentralização de poder, que vai contra o projeto de centralização marxista.

Sou um descentralizador e que agora, como as mudanças digitais, sou um descentralizador 3.0, que quer o fortalecimento das pontas contra o poder massificador do centro.

Um descentralizador não defende nem o trabalhador e nem o empresário (que ambos acabam por criar um conluio corporativista), defendo o consumidor que sempre estará contra as organizações sem mérito.

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