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A grande crise das organizações tradicionais é a crise dos estrategistas.

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Os estrategistas estão usando o software estratégico errado.

  • Quando temos na sociedade um cenário definido e eficaz, ou seja, há um consenso que funciona, trabalhamos com estratégias indutivas, que partem das micro-mudanças para ver com elas bate no cenário maior.
  • Quando temos na sociedade um cenário indefinido e ineficaz, ou seja, há um consenso que funciona mais, muitas dúvidas, trabalhamos com estratégias dedutivas, que partem das macro-mudanças para ver com elas bate no cenário menor.

Assim, nas crises de paradigma os estrategistas precisam procurar novas teorias mais eficazes que consigam explicar melhor o cenário para, a partir delas, refazer os paradigmas de análise e poder construir um cenário mais consistente sobre o futuro.

Isso exige que se vá ao mercado buscar novas teorias, pois as atuais está obsoletas.

O grande problema dos estrategistas é que há uma intoxicação de consumo de teorias de determinadas fontes.

Frans_Hals_-_Portret_van_René_Descartes

E que, por sua vez, estas fontes estão também intoxicadas.

Pois todo mundo vive e sobrevive dos paradigmas que estão defendendo.

E todos acabam criando um consenso que eles são os mais adequados, mesmo que passem a ser ineficazes como resultados.

Em crises de paradigma, como nos ensina Kuhn, no seu magistral livro sobre Revoluções Científicas, as melhores teorias serão aquelas que vêm de pensadores alternativos.

Einstein veio de fora para dentro e não de dentro do sistema para fora.

Os ambientes formais são bons para produzir teorias incrementais, mas não teorias disruptivas, que são perseguidas nos meios de produção acadêmicos tradicionais.

Toda a produção acadêmica é voltada parar que haja uma continuidade de pensamento e não rupturas.

bacon

Ao analisar pensadores e filósofos pós  Idade Média, que recriaram o pensamento moderno, vamos observar que a maior parte deles, tais como Espinoza, Descartes, Lutero, Bacon vieram de fora dos meios tradicionais.

E foram os que fizeram a diferença.

Assim, um bom estrategista não é aquele que vai seguir a manada, mas vai procurar no mercado das teorias aquelas que são mais eficazes para lidar com a quebra de paradigma.

Com isso, estará praticando a Estratégia Dedutiva, que não vai ao mercado colher dados, mas vai procurar novos softwares para poder analisar os dados.

Assume que há uma crise no software indutivo que ele está usando, que não consegue ter um novo paradigma de observação.

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E aí você me pergunta?

Qual é a melhor teoria hoje disponível no mercado para analisar a realidade?

É o que falarei a seguir.

É isso, que dizes?

One Response to “A Estratégia Dedutiva”

  1. Laís Guerra disse:

    Nossa, assistindo as aulas, lendo isso, vejo que é preciso procurar mais informações e prestar muita atenção, pois só assim minha cabeça vai abrir para deixar de ser indutiva e passar a ser detutiva.

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