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Estamos saindo de uma longa etapa de de pensamento preguiçoso.

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Hoje, temos uma relação deturpada de que:

  • – o estatal é público;
  • – e o que é público ou estatal é de graça.

Note que todas os produtos e serviços têm um custo, maior ou menor, que geram um benefício maior ou menor.

Isso é uma lei econômica em todas as sociedades, seja ela qual for.

Um serviço público é aquele, a meu ver, que consegue ter o menos custo possível com a melhor qualidade.

Que seria o ponto ideal ou a meta de todas as organizações.

Hoje, na América Latina e no Brasil, em particular, temos a fantasia do que os melhores serviços são os públicos e públicos é sinônimo de gratuito.

Como se colocássemos na conta do estado nos fará esquecer e resolver o problema, o que é um pensamento fantasioso e infantil.

É como se de um dia para a noite passarmos, por exemplo, o transporte privado para o público, o custo de comprar o ônibus, pagar o motorista, o trocador, fazer a manutenção, repor peças fosse acabar.

Como se o governo produzisse ônibus e mesmo que o fizesse, como se ele produzisse aço.

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E mesmo que o fizesse, o preço do ônibus e do aço não envolvesse custos.

Ou seja, tudo que produzimos e oferecemos de serviço tem um custo que deve ser o mais barato possível com a melhor qualidade para que seja, a meu ver, considerado público. Ser público é, assim, atender bem a população no menor preço possível.

Isso é uma luta social e diária de todos nós, toda vez que consumimos algo.

O problema do modelo de produção de bens e produtos estatais (note que não necessariamente públicos) é o custo.

Um aluno em uma escola pública tem um custo para a sociedade, que paga para que ele estude lá.

O parâmetro final de análise tem que ser: o custo do aluno na escola e a qualidade que temos ao final.

Quanto custa hoje um aluno em uma escola estatal?
E quanto custaria se este mesmo aluno estivesse em uma escola privada?

Se eu considero que os mais pobres deveriam, por exemplo, ter educação gratuita, me interessa saber quanto seria mais barato e de melhor qualidade para que isso seja feito.

É a procura da relação de custo/benefício.

Muitos dirão que educação não é mercadoria.

Erro.

Educação é um serviço estratégico, sem dúvida, mas é um serviço que deve entrar na roda de toda a métrica de qualidade dos serviços. Quando não se quer colocar a educação como um serviço, que deve ser medido, no fundo, está querendo se mascarar a péssima qualidade, com um discurso falso e ideológico, onde se gasta muito e se entrega pouco.

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Pois se o meu imposto vai para aquela educação, me interessa que o aluno tenha a melhor educação possível pelo menor preço.

O problema da escola estatal é que ela deixa de ser pública, se não oferece o melhor custo/benefício.

E isso acaba acontecendo pois temos:

  • – baixa competitividade entre as diferentes escolas;
  • – baixa meritocracia;
  • – baixo poder de consumo por parte dos pais dos alunos, que não podem mudar de escola, caso não estejam satisfeitos.

Neste caso, a lei de mercado de competir entre as escolas e pelo cliente não é válida.

Se eu desse um voucher (a partir dos impostos) para um pai e ele pudesse escolher a escola do filho entre as várias privadas disponíveis, eu ganharia um aliado para fiscalizar com o poder de consumo a melhor escola para o filho dele.

Hoje, eu não tenho isso. Eu não só dou ao governo o poder de fiscalizar, tiro dos pais esse poder, centralizo, portanto, a fiscalização e passo a ideia para a sociedade que a escola é de graça e que ninguém paga por ela.

Crio uma dependência entre o usuário da escola e o estado, quando deveria ser o contrário; O cidadão com o poder de consumo mandando nas organizações.

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O pai, inclusive poderia, complementar, caso queira, o bônus para colocar o filho em uma escola mais cara, se assim quisesse.

Note que ao falar em escola pública, assim, eu posso estar pensando em um modelo privado, que estaria com menos dinheiro da sociedade, dando mais qualidade de educação, descentralizando o problema e a fiscalização, pois cada dono de escola estaria cuidando bem do seu pedaço, incluindo o poder de consumo dos pais.

E estimulando uma competição de escolas pelos alunos.

Isso teria que ser testado em projetos pilotos e comparado a performance do atual modelo estatal com o novo modelo privado-com vouchers para os mais pobres.

O que interessa, volto a dizer, para a sociedade é defender uma escola pública (não necessariamente estatal) em que o brasileiro tenha o melhor ensino pelo menor custo.

Isso hoje não está acontecendo. E não há perspectiva que venha acontecer.

É isso, que dizes?

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