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Ser liberal, no século XXI, é implantar a sociedade digital!

O liberalismo é algo que não existe.

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Mas ao mesmo tempo existe.

Explico.

Não existe, pois a liberdade é sempre uma luta contra algo conjunturalmente que quer impedir que se seja livre. Ou seja, se temos um movimento liberal ele precisa ser historicamente definido, pois o inimigo da liberdade de ontem não é o mesmo do que o de hoje.

Se alguém defende o liberalismo pelo liberalismo, está cometendo um grave equívoco, pois pode estar lutando contra moinhos de vento, ou o que é pior, estar aliado com o inimigo da liberdade em nome de um passado.

A monarquia por exemplo, já foi símbolo de liberdade, diante de chefes tribais, mas se tornou inimiga, pois houve a possibilidade de descentralizar ainda mais.

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O liberalismo, assim, é o espaço que reúne pessoas que vão se dedicar ao estudo de um conjunto de autores, que ajudam no debate da luta pela liberdade dentro de um dado contexto histórico.

Podemos dizer, assim, que o liberalismo tem três estágios diferentes de pensamento:

  • o filosófico – que define quem é o humano e seu papel de ser livre na sociedade;
  • – o teórico – que vai tentar entender o contexto histórico e as lutas da vez;
  • e o metodológico – que é a aplicação da análise teórica sobre a realidade.

Assim, há ciclos da luta liberal contra a opressão da vez.

Ou melhor, da macro-opressão da vez.

Podemos dizer que o liberalismo, assim, teve três etapas, se trabalharmos em uma visão mais restrita, eliminando os liberais gregos:

  • – o liberalismo republicano anti-monárquico;
  • – o liberalismo republicano anti-totalitário;
  • – e estamos entrando agora no anti-liberalismo analógico.

Note que o liberalismo, se analisarmos do ponto de vista das redes humanas, sempre visa a descentralização das redes.

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Quanto mais poder tiver as pontas, melhor para a sociedade.

(Isso implica, por exemplo, em criar a autonomia de pensamento, através da educação, como tivemos campanhas de alfabetização que nos permitiram criar as democracias europeias.)

Assim, o liberalismo da vez precisará ter uma análise histórica de como podemos descentralizar as redes do momento, permitindo mais poder para as pontas para que o indivíduo tenha mais e mais poder diante da sociedade.

Descentralizamos os reis, lutamos contra o retorno da monarquia no século passado, contra as ditaduras de todos os lados e agora temos um novo desafio.

Que é a luta contra a centralização das redes criadas em nome de um falso-liberalismo.

Ou o liberalismo que foi anti-totalitarismo, mas agora se concentrou e, em nome do liberalismo, mantém redes fechadas.

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O liberalismo contemporâneo está diante de uma Revolução Cognitiva, com a chegada de mídias descentralizadoras.

  • Todo o movimento liberal anti-monárquico é filho do papel impresso;
  • O liberalismo anti-totalitarismo viveu fortemente sobre a influência dos meios eletrônicos de massa;
  • E o liberalismo digital será filho da Internet.

Temos um novo ciclo de descentralização das redes.

E vamos percebendo que há uma relação estreita da luta pela liberdade com as tecnologias cognitivas e a conjuntura tecno-ecológica.

Ser liberal, assim,  no século XXI, é implantar a sociedade digital!

E os inimigos de hoje, nas sociedades mais avançadas, são justamente aqueles que não querem que haja a descentralização das redes digitais.

E isso vai nos levar a um debate profundo, pois muitos dos que achamos “aliados” hoje estão justamente usando da sua prerrogativa de centralização para evitar mais e mais descentralização.

Assim, a luta liberal é:

  • – redes mais e mais descentralizadas;
  • – inovação digital;
  • – e a garantia que o inovador de ontem barre, por estratagemas não meritocráticos, o inovador de amanhã.

Por fim, concluo:

Se o liberal não propõe sempre a descentralização do poder mais e mais para as pontas, ele deixa de ser um liberal.

Falaremos disso mais adiante.

É isso, que dizes?

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