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Baixa taxa de democracia e os erros da sociedade
http://nepo.com.br/2014/09/16/baixa-taxa-de-democracia/

Quando milhões de jovens saíram às ruas em 2013 rejeitando nossa democracia, os partidos, a maneira de se fazer política, o Brasil entrava para o clube internacional da Nova Política Digital.

Há nesta eleições duas frentes na campanha de Marina Silva.

A Nova Política no Brasil – que tem aparecido mais na campanha;
A Nova Política Digital – que aparece ainda apenas no programa.

Vivemos, assim, uma crise profunda de representação.

E notem que muitos colunistas críticos ao governo se dizem desanimados com o “voto do povo”.

O povo sempre vota bem, a meu ver, defende o que ele acha melhor para si dentro de sua capacidade de entender o que é melhor para si.

Parece-me que a decisão do voto está bastante prejudicada, pois:

– o tempo de televisão não pode ter tanta disparidade entre candidatos;
– o processo de reeleição com a presidente eleita em campanha é algo que soa absurdo, pois conta duplamente com a máquina e com a imagem de presidente;
– a propaganda de programas de transferência de renda, que passam a ser do candidato e não da sociedade, que paga o imposto para que a renda seja distribuída;
– aceitarmos que a presidência do TSE seja exercida por um juiz que foi funcionário de um dos partidos na disputa. Ele não acha que há incompatibilidade para o cargo.

Tudo isso faz com que o voto do brasileiro seja um tanto distorcido.

Independente do resultado da eleição, a sociedade brasileira – aquela que não está vivendo do governo e, portanto, fica com mais liberdade de agir e pensar – precisa criar uma pauta de prioridades de mudanças estruturais na política do país e bater firme na mesma direção.

Toda lei que é feita tem uma borda de uso anti-ético.

Ou seja, há uma borda que ninguém achava que ia ser usada e acaba sendo, o que cria a necessidade de mudar a lei.

O partido do governo e seus aliados, é fato, estão usando em todas as situações, tudo que é permitido, mesmo que de forma anti-ética aquilo que é legal.

Se houver uma vitória do Governo ela foi feita não pela escolha do povo, mas pelo uso de todos os recursos da beira da lei para que essa vitória pudesse acontecer.

É bom não colocar, assim, a culpa da atual eleição e dos votos no governo, apesar de tudo, nas costas do povo, mas na incapacidade da sociedade se organizar – sair do seu confortável sofá – e fazer valer mais a sua vontade.

Marina deveria ser a candidata do PSB desde o início, por que não foi?

Aécio deveria ter procurado Marina para uma chama de composição, bem antes da eleição, por que não foi?

Marina deveria ter sido mais propositiva e ter apoiado o PSDB na eleição de 2010, por que não foi?

Todos nós estamos pagando o preço de não compreender o que significa a proposta de transformar o Brasil em um Cassino Sindical Populista e da necessária união de forças para impedir isso..

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