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O século XXI vai dar um nó na cabeça de muita gente.

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E o motivo é simples: a maneira que pensamos até aqui estava baseada em forças motoras de mudanças sociais equivocadas.

Note que os atuais modelos sejam liberais ou anti-liberais geraram centralização, vide capitalismo e comunismo decadentes.

O que rege o mundo, pasmem, são as tecnologias cognitivas, que criam Contração e Expansão Cognitivas.

  • Na Expansão, temos descentralização de poder.
  • E na Contração, temos recentralização de poder.

Mas não é um processo na horizontal, mas em espiral.

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No aumento populacional, criamos um novo Ambiente Cognitivo mais sofisticado e, por sua vez, uma Governança da Espécie mais sofisticada, transferindo poder para as pontas.

Quanto mais formos no planeta, mas teremos que radicalizar o que chamamos hoje de democracia, ou aumentar a taxa de democracia, dando mais poder às pontas para lidar melhor com a Complexidade Demográfica, de tal forma a permitir o aumento da Taxa de Inovação, sem a qual não melhoramos a produção na escala necessária.

E aí temos dois momentos distintos na história política:

  • Momentos em que está se migrando a espécie de uma Governança para outra – em que o embate é de quem quer manter o poder centralizado e quem quer descentralizar e potencializar o que há de novo, a, partir do potencial que às novas mídias nos abrem (momento atual);
  • Momentos em que a espécie já migrou e está procurando o melhor modelo dentro da mesma Governança – e aí temos embatese filosóficos que ocorreram no século passado, que tendem a ganhar novo colorido: reformistas (melhorias contínuas, pois não existe o paraíso na terra) x revolucionários (o paraíso é possível na terra) e liberal (menos estado) versus anti-liberal (mais estado).
  • Teremos novidades neste campo? Acho que não, como defenderei abaixo.

Nos momentos de migração da espécie, entretanto, como o atual, o embate é da velha ordem contra a nova ordem. Por exemplo, nos séculos pós Idade Média tivemos Monarquia (oral) x República (escrita impressa) e hoje temos a República Analógica (oral, escrita, eletrônica) x a República Digital (algorítmica).

liberalismo

As forças que vão brigar nas próximas décadas serão as que querem descentralização digital x os que querem manter a atual centralização analógica, unindo liberais e anti-liberais no mesmo barco e até revolucionários e reformistas, como foi no Egito, por exemplo.

Veremos o surgimento de Partidos Neo-republicanos, que vão propor reformar a República, através do uso intenso de algoritmos digitais.

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Por fim, diria que há algo conjuntural na briga do século passado entre liberais e comunistas, que será recriada neste novo século, com outras cores.

Teremos, entretanto, sempre na história humana:

Reformistas – o mundo é este e pode apenas ser melhorado;

Revolucionários – podemos implantar uma nova ordem dos “bons” e começar tudo do zero.

Estes últimos podem ser movimentos políticos ou religiosos, sempre dogmáticos, onde a filosofia é a metodologia.

E entre os reformistas, teremos sempre:

Estado protetor X articulador.

Que se alinharão também com outras cores.

(Quem sabe tais perfis não sejam definidos por tipos de cérebros, algo até genético, variando, conforme conjuntura?)

russa

Arriscaria ainda dizer que viveremos agora um resgate da filosofia e princípios liberais, pois é tempo de descentralização.

Nas não o liberalismo do século passado ou o neo-liberalismo do final do século, que acabou provocando mais centralização. 

Será um liberalismo liberal, digamos assim, descentralizados.

Vamos beber da fonte dos autores dos séculos XVII e XVIII.

O século XXI verá surgir um renascimento das bases do liberalismo, que eclodiram na Revolução Francesa, trazendo o resgate dos temas Liberdade, Fraternidade e Igualdade (sustentabilidade?), procurando uma democracia digital mais representativa, que possa fiscalizar melhor os seus representantes muito mais líquidos (no sentido do tempo em que vão exercer a representação).

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Este liberalismo renovado será a base da nova democracia e do novo sistema econômico, em que teremos a força da fiscalização digital sobre organizações que terão menos poder do que tiveram no último século.

O partido republicano digital, que vai aparecer em todas as partes, com este nome ou perto disso,  portanto, será primeiro republicano e depois liberal 9

Mas não neo-liberal como imaginamos, ou muitos combatem hoje, mas viverá um liberalismo 3.0, renovado, que terá com eixo e bandeira da VERDADEIRA descentralização do poder e do re-empoderamento do cidadão.

Em uma nova Democracia e um novo Sistema Econômico, em que a visão do que é esquerda e direita atualmente será completamente embaralhada e recolocada na mesa.

É isso, que dizes?

 

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