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Se vamos brincar de versões podemo separar três tipos de organizações:

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  • as 1.0 – que não usam algoritmos de colaboração de massa para fazer negócios;
  • as 2.0 – que usam algoritmos de colaboração de massa para fazer negócios;
  • as 3.0 – que usam os algoritmos de colaboração de massa para dividir os ganhos.

(Mais sobre Algoritmos de colaboração de massa, aqui.)

Note que é muito fácil identificar as duas primeiras e não é possível AINDA encontrar o modelo da terceira.

Por que acredito que será inapelável caminharmos na direção do terceiro modelo?

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Acredito que uma Governança da Espécie tem alguns elementos que devem ter harmonia entre si, são eles:

  • – Os tecno-códigos, que mudam e se sofisticam, conforme a Complexidade Demográfica;
  • – Que devem ser compatíveis com um modelo mental de ver a realidade hegemônico de aprender e disseminar ideias, tal como o método cartesiano que temos hoje;
  • – Que devem ser compatíveis com o modelo hegemônico de estruturar as organizações, vertical;
  • – Que deve ser compatível com o modelo hegemônico de se distribuir o valor gerado por elas, lucro compartido com os donos.

Hoje viemos o momento de Ante-projeto da nova Governança Digital com alguns autores propondo uma nova forma de pensar (principalmente Morin), temos organizações que estão já usando o novo Tecno-código, mas isso será incompatível com o modelo de distribuição dos valores fechado como é hoje.

Um exemplo claro é o Google, principalmente o Youtube ou os anúncios em blogs, sites, etc.

A venda de ações para o mercado financeiro trouxe para a organização, que podemos chamar de 2.0, o pensamento do lucro e da divisão do mesmo, das organizações 1.0. A imposição do dinheiro rápido e cada vez mais concentrado vai contra o que os milhares de canais do Youtube demandam descentralização de canais e de ganhos.

Coloca-se anúncios, mas não se paga, a não ser para aqueles que chegam a determinado patamar ou se paga muito pouco em relação ao que se deveria. Sobra dinheiro para compras estapafúrdias de startups, mas falta para regar uma nova indústria diversificada de produtores independentes.

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Assim, não se constrói um ambiente para produção de videos de forma sustentável, em que cada vez mais gente possa viver daquilo, mas procura-se competir, de certa forma, com a televisão, privilegiando os campeões de audiência.

A descentralização dos canais, que permite que todos publiquem, é incompatível com a descentralização dos lucros.

Isso vai gerando uma latência dos usuários, que precisam sobreviver daquilo sem perder a diversidade, e esperam um novo ambiente em que possam também ganhar.

Podemos dizer que vivemos hoje um momento de transição entre as duas Governanças e que já temos um meio termo, que são as organizações 2.0, mas que não será esse o modelo que vingará no futuro.

Temos empresas que usam os algoritmos para promover a colaboração de massa, mas por interesses da velha ordem que investe o capital nelas com uma visão ainda tradicional não querem usar a mesma tecnologia para dividir os ganhos.

Igual é no Facebook.

Prevejo que os novos Players que vão substituir essa geração 2.0 serão aqueles em que:

  • – se manterá sem dúvida a colaboração de massa, mas haverá uma transparência muito maior dos algoritmos, que serão feitos de forma muito mais co-criadas;
  • – e se usará os algoritmos para um compartilhamento muito mais generoso dos ganhos, já envolvendo um novo tipo de investidor muito mais pulverizado e que se envolva politicamente com o novo modelo.

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Essas organizações – e só estas – serão as 3.0 e comporão o que podemos chamar de modelo do pós-capitalismo, já que não sabemos direito que nome vamos dar a isso: quem sabe colaboracionismo de massa?

Que dizes?

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