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Bom, estou aqui defendendo a ideia de um professor-pesquisador-agente de transformação dentro de um novo modelo de ensino baseado em problemas.

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A defesa a seguir não pode valer para um professor-professor baseado em assuntos, pois são reflexões da minha prática no modelo ensino por problemas.

Um ensino baseado em problemas e um professor-pesquisador atuante faz dele um agente de transformação. Ou seja, não é um indivíduo que tem uma posição neutra em relação ao que está sendo discutido. Ele tentou várias saídas e encontrou uma que considera melhor.

Ele vai levar para a sala de aula a sua experiência em resolver aquele problema e como acredita que pode, dentro de vários, contextos aplicá-la.

A aula é um atalho para que os alunos estejam diante de uma abordagem sobre aquele problema. Que não é a única, mas é uma que está aí disponível. Assim, uma aula baseada em problemas é uma aula que vai necessariamente apresentar uma metodologia para ação.

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E, se for uma aula interessante, vai tentar defender a filosofia e a teoria que sustenta aquela metodologia.

Assim, acho, do ponto de vista ético, em uma aula assim:

  • – mostrar a nova filosofia e a nova teoria que as sustentam, por ser uma nova metodologia;
  • – apresentar a memória de cálculo da metodologia (como começou, o que sofreu de melhorias e por que se chegou até aquele ponto);
  • – mostrar o que já está consolidado e há de experiências vitoriosas e o que há ainda por fazer e problemas e experiências fracassadas;
  • – não apontar como a única saída, mas aquela em que aposta mais e por que faz isso em detrimento das outras.

Acredito também que a defesa da metodologia não deve ser impositiva, mas dialógica. “Eu acredito nisso, por causa disso e aquilo e o que vocês acham?”

O professor-pesquisador-agente de mudança vai para sala de aula aprender e ensinar com os alunos e procurar melhorar seu ponto de vista e analisar o que pode ser melhorado tanto na filosofia, na teoria ou na metodologia em dois aspectos:

  • Reflexão sobre ela;
  • Expressão dela.

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Tanto um como o outro, na interação com os alunos, podem melhorar. (Ver mais sobre isso aqui.)

A defesa de uma metodologia em sala de aula não é uma doutrinação, se não for passada como a única saída e nem como algo acabado. É bom que haja paixão, mas não coação.

É possível também que haja aulas de professores-professores, que não estão no calor da luta, mas apenas são sistematizadores de várias metodologias.

Seria interessante para iniciar ou terminar um ciclo de encontros com professores-pesquisadores-agentes de mudança.

Pois pode-se ver várias metodologias e suas características e contextos e depois a defesa de cada uma delas, através de seus defensores.

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Debate em uma das minhas aulas da Iplan.

Tais aulas podem ser interessantes, mas acredito que são complementares as que defendem as metodologias. A Integração das duas rende muito mais. É é muito bom quando se tem algo vivo, como um defensor de uma dada metodologia. Alguém que está no calor da luta diante dos problemas compartilhando com os alunos as suas angústias.

Desde que todos saibam que há as limitações daquele professor-pesquisador agente de mudança e que saibam que podem, a critério, procurar outras abordagens. A coisa vai muito bem.

É isso, que dizes?

 

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