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O primeiro período da chegada do computador não oferecia a alternativa de uma nova Governança, através de um novo modelo sustentável, barato e confiável de tomar decisões de forma melhor. Agora, porém, isso é possível, através do que da colaboração de massa digital.

A chegada do digital no mundo pode ser marcada, a partir de 1940, com a chegada dos computadores de grande porte, que vieram lidar com grandes volumes de dados.

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Podemos dizer que de 1940 até 2004  o mundo digital seguiu a lógica da governança da espécie escrita, pois não permitiu que a tomada de decisões mudasse o seu tripé principal (quem, como e para quem?) se toma as decisões.

Sim, podemos dizer que era uma Revolta Cognitiva, um  aprimoramento gigantesco diante da Governança da Espécie Escrita, mas não era ainda uma Revolução na maneira de se praticar a  Macro-Governança da espécie.

Ou seja, tínhamos uma nova tecnologia, mas todas as experiências de modelo de tomada de decisões eram feitas dentro daquilo que a governança da espécie escrita tinha nos legado, com um modelo de hierarquia com forte poder do centro para as pontas.

Serviu para reformar e aperfeiçoar o quanto pode a governança da espécie escrita, conseguindo um aumento na taxa da melhoria da qualidade das decisões.

A partir de 2004, com o que acabamos chamando de Web 2.0,tivemos a massificação de um novo modelo de governança, pois o que já era incipiente com a Internet, desde 1960 começou a se popularizar: novas ferramentas de trocas humanas, que começaram a permitir uma mudança no Tripé da Governança.

houve a primeira quebra radical no modelo de Governança da Espécie Escrita, pois houve uma mudança no epicentro da governança: de como as decisões são tomadas.

Note que no simples ato de dar estrelas sobre um determinado produto ou serviço, a autoridade de plantão começa a permitir que o cliente/cidadão/usuário possa interferir na decisão que vai ser tomada, o que antes era tecnologicamente/administrativamente inviável.

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Vamos chamar essa participação vinda de baixo de colaboração de massa digital, que ainda era incipiente nos projetos da Internet, desde 1960, mas que passam a ser um elemento fundamental para os novos modelos de negócio.

Note, assim, que na base dos novos modelos está incipiente não uma nova tecnologia cognitiva, mas uma possibilidade de tomada de decisões mais horizontal, que permite uma RADICAL melhoria na taxa de qualidade das decisões, o que torna a nova macro-governança muito mais competitiva do que a anterior, pois consegue mais com menos.

Começam a aparecer os primeiros projetos em que os pilares da governança escrita passam a ser questionados na prática, pois temos algo que consegue lidar melhor com a nova complexidade demográfica.

A saber:

  • critérios de poder de decisão das autoridades – que passam a ter que se abri mais para a sociedade, através da colaboração de massa;
  • critérios como se reciclam as autoridades – Com que critérios são mantidos, valorizados e trocados as autoridades. Isso pode ser visto, por exemplo, na escolha de taxistas, ou nos projetos Mercado Livre e Estante Virtual, tem valor quem consegue ser bem avaliado pelo consumidor;
  • critérios éticos das decisões – a transparência obriga a redução da taxa de hipocrisia das organizações, pois a sombra entre o que se faz e o que se diz que faz é radicalmente reduzida.

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As novas tecnologias permitem que os três pilares da governança sejam alterados em plataformas digitais colaborativas;

  • É possível selecionar de forma diferente as autoridades, através de estrelas.
  • É possível alterar rapidamente quem nos representa, pelos mesmos critérios.
  • É possível rever os critérios de para quem as organizações está voltadas, recriando uma discussão ética.

Assim, o primeiro período da chegada do computador não oferecia essas alternativas e não criaram a possibilidade de um novo modelo sustentável, barato e confiável de governança. Agora, porém, isso é possível. Ou seja, tivemos uma Revolta Digital, que está virando uma Revolução, pois está oferecendo uma nova forma de se praticar a Governança.

E isso tem dois impactos diretos da sociedade:

  • – cria-se uma alternativa que as pessoas começam a desejar novos modelos de organizações, que pratiquem a governança digital, muito mais preparada para lidar com a atual complexidade demográfica.
  • – escancara-se a crise da atual governança e seus defeitos, apresentando a contradição explícita de organizações com baixa qualidade ética.

Portanto, quando falamos que temos que implantar a colaboração de massa nas atuais organizações é preciso definir projetos de implantação de uma nova governança digital e não de reformas na atual governança, que é o que a maioria tem tentado sem sucesso.

É isso, que dizes?

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