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Uma inovação radical é procurar tirar uma latência inconsciente do fundo do oceano, através de um produto ou serviço, que serve de boia, mas que têm que estar alinhado às macro-tendências.

Disse aqui neste post, que vivemos a ascensão de profissionais que se dedicam e se dedicarão para o futuro.  Aqui vou falar mais da formação necessária e do ferramental que eles têm que utilizar.

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Geralmente, quando pensamos em futuro, logo imaginamos pesquisas de latência dos consumidores dos que eles querem para o amanhã.

Sim, isso nos leva a entender algumas coisas, mas é importante separar algumas outras, pois o consumidor está muito ligado ao presente, assim como as organizações.

Digamos que temos que separar duas coisas quando conversamos com pessoas:

  1. A inovação incremental –  o que eles querem e sabem formular um produto ou serviço;
  2. A inovação incremental mais disruptiva –  o que eles querem e não sabem ainda formular um produto ou serviço;
  3. A inovação disruptiva – o que eles não sabem ainda o que querem e vão querer em função das macro-tendências.

Assim, é bom definir que a inovação incremental trabalha com o que é mais consciente e a inovação radical trabalha com a latência inconsciente, ligadas às macro-tendências.

Quando a Apple lança seus produtos, ela sabe que há uma demanda por algo meio indefinido e procura atender a uma latência que estava, até então, inconsciente, mas é uma inovação incremental disruptiva, que acaba de alguma forma se alinhando à macro-tendência, tal como a da reintermediação, maior poder para os clientes.

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Uma inovação radical é procurar tirar uma latência inconsciente do fundo do oceano, através de um produto ou serviço, que serve de boia, mas que tem que estar alinhado às macro-tendências.

Há, entretanto, algo maior do que a pesquisa das pessoas, pois isso são dados que vão sendo levantados e precisam se encaixar dentro de um cenário mais geral, do que vamos chamar de macro-tendências.

Um profissional do futuro precisa escolher as macro-tendências que acha que são mais fortes na sociedade.

Quanto mais eficaz forem as macro-tendências escolhidas, mais ele terá a capacidade de alinhar pesquisas de latência com as macro tendências para propor produtos e serviços.

As macro-tendências, entretanto, exigem uma formação muito mais sofisticada e diferente do que temos hoje, pois só conseguimos ver o futuro com mais distância, quando aumentamos a time line dos dados do passado.

Ou seja, se você quer projetar 50 anos para frente terá que trabalhar com um passado de mil anos para perceber grandes mudanças de cenários versus novas forças na sociedade. Analisar como estas forças trabalharam no passado, como elas se apresentam no presente e seu impacto no amanhã.

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Temos a formação hoje de profissionais do passado e do presente, mas que são insuficientes para nos dar fôlego de projeções futuras.

Note que quando fala-se de macro-tendências, não estamos falando aí de produtos e serviços, mas de estratégias gerais que vão guiar as grandes estratégias, nos quais modelos de negócios e organizações serão criadas ou revistas e, só então, podemos pensar em produtos e serviços.

Talvez um grande erro das organizações hoje é de que quer rever produtos e serviços, sem incluir na análise macro-tendências.

O que torna pobre o cenário e, portanto, de baixo valor.

Profissionais do futuro – que trabalham com inovação radical seja na gestão, governança ou produtos e serviços é uma área emergente. E que exige um tipo novo de formação, que inclui filosofia, história e história das mudanças dos ambientes cognitivos, a meu ver, a principal força hoje de alteração social.

É isso, que dizes?

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