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Quanto mais radical for a mudança nas tecnologias cognitivas, mais radical será a mudança na governança da sociedade.

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Sim, tem muita fumaça no horizonte e pouco fogo.

Quando há muitas alterações de um dado equilíbrio, é preciso analisar com calma o principal motivo DESESTABILIZADOR.

Se nos concentramos em entender o fator principal da INSTABILIDADE podemos ter uma análise mais eficaz do que está por vir.

O fator chave da mudança atual é a chegada massiva de novas tecnologias cognitivas, que têm, apesar de não estar no nosso radar teórico, o poder de mudar a forma como realizamos a governança da espécie.

Foi assim no passado como nos ensina a Escola de Toronto, que estuda mudanças radicais nas tecnologias cognitivas desde a chegada da escrita (todos os posts em que cito Toronto podem ser vistos aqui).

As tecnologias cognitivas são as tecnologias mãe, ou master, ou estruturantes da nossa espécie. Quando mudam, abrimos o espaço para uma mudança na governança geral de toda a nossa civilização.

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(Só vamos entender essa premissa se encararmos de frente a concepção da filosofia tecno-cognitiva que prevê que não somos uma espécie natural, mas uma espécie artificial que só pode ser entendida dentro de um ambiente tecnológico, uma tecno-espécie, como detalhei aqui.)

Assim, quanto mais radical for a mudança nas tecnologias cognitivas, mais radical será a mudança na governança da espécie.

É o que tenho defendido, desde as reflexões do meu livro lançado no ano passado.

Que há uma governança geral da espécie que se modica no tempo.

Obviamente, que isso já levou milênios, séculos, agora estamos mais rápidos.

A governança da espécie se modifica pelos seguintes fatores.

  • População – quanto mais formos, mais o aparato tecnológico terá que se modificar para atender a complexidade das novas demandas, ficando cada vez mais sofisticado;
  • Aparato tecnológico-cognitivo – mais e mais sofisticado, permitindo a criação de novos modelos de governança;
  • Modelos de governança – a governança vai tendo que se descentralizar e horizontalizar, pois quanto mais complexidade tivermos, menos podemos controlar os fluxos das trocas para a solução dos nossos problemas.

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Há nesse processo um movimento inconsciente de cópia do modelo de governança dos outros grupos de animais.

  • A governança atual e do passado, diante da população, era mais próxima dos líderes-alfas e da liderança, através de aparatos escritos-orais;
  • O modelo que estamos entrando é mais descentralizado e horizontal, baseado no Karma Digital, através dos rastros que as bases de dados permitem, nos aproximando do modelo dos insetos, em particular mais próximo das formigas.

Qualquer projeto – REALMENTE EFICAZ – nas organizações deve prever essa mudança radical de governança como o fator PRINCIPAL para ser alterado.

É por isso que tenho me especializado em criar espaços de migração da governança atual para a nova, através de laboratórios de inovação digital participativo.

Os projetos que estão por aí implantados, que não encaram a mudança de governança radical de frente, a meu ver, são apenas fumaça e que não vão gerar grande valor, pois o valor é sempre a capacidade de uma pessoa/organização conseguir oferecer algo que esteja próximo das mudanças do ambiente atuais e futuras.

É isso, que dizes?

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