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Agora, finalmente, posso dizer que tenho uma nova especialização:

Sou um consultor especializado em implantar laboratórios de inovação digital disruptiva em organizações.

Demorei alguns anos para migrar de um consultor estratégico generalista de Internet para essa nova especialização.

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Note que a implantação de projetos digitais de maneira tradicional não têm funcionado.

Outro dia um amigo me perguntou se eu não estava sendo radical em não acreditar mais no modelo de governança das atuais organizações e apostando nos laboratórios disruptivos.

Respondi que acredito que um consultor é como um médico. Ele parte de um diagnóstico (filosofia-teoria) e procura apresentar um tratamento (metodologia). Como na medicina, existem vários médicos como diferentes abordagens para diferentes problemas.

  • Alguns são mais invasivos e querem operar logo de cara.
  • Outros procuram outro tipo de alternativa.

Porém, é preciso ter um sentido ético no exercício de qualquer profissão e atuar diante dela.

Se você acha que tem que operar, é preciso defender o seu diagnóstico e vice-versa, pois trata-se de um problema em que o resultado virá querendo o médico/consultor, ou não, pois a vida está acima dos diagnósticos e tratamentos!

O diagnóstico se pretende entender a vida com mais precisão.

Se ele acertar no diagnóstico e o tratamento vai reduzir o sofrimento do cliente/paciente e vice-versa.

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Um médico, como um consultor, deve apresentar um tratamento em que ele acredite no seu resultado para seu paciente/cliente.

Um médico pode achar que um paciente deve se operar e este achar que não quer.

O médico não vai mudar o seu diagnóstico ou o tratamento sugerido só por que o cliente/paciente se sente aflito ou com medo.

Se ele acha que é caso de operação, pronto.

Resta o cliente/paciente procurar um médico que tenha outro diagnóstico e seguir o que ele prescrever.

Porém, na medicina, como nas organizações, não é o desejo do cliente que define a vida,  esta segue seu curso, independente da nossa vontade. Temos, então, médicos e consultores que acertam mais ou menos no diagnóstico e tratamento, por isso temos médicos e médicos e consultores e consultores.

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Note que diante de tantas macro-mudanças no mudanças no mundo, me parece óbvio que é uma VERDADEIRA LOUCURA uma organização não destacar um grupo especial para estudar as mudanças que o mundo digital está trazendo e analisar como deve agir dentro dela de forma estratégica.

O laboratório disruptivo digital tem essa missão.

Note que o laboratório vai propor soluções novas e processos novos, SEM ALTERAR OS ATUAIS, QUE CONTINUARÃO IGUAIS.

Será um polo para pensar novas soluções para velhos problemas, criando uma nova cultura, que será uma espécie de start-up da nova orgaização.

Criar um grupo separado para, através de um trabalho consistente:

  • – analisar o cenário;
  • – compreender as novas forças;
  • – se preparar para elas;
  • – propor mudanças para que a organização se insira de forma adequada.

É preferível, entretanto, como no caso da relação paciente-operação acreditar em algo mais simples que uma aspirina cura pneumonia e fugir de médicos ou consultores que tenham uma visão mais invasiva.

Assim, quando alguns clientes acham um exagero criar o laboratório sugiro que escolham outro consultor, pois a maioria acredita que a mudança é incremental e não disruptiva. Na minha análise, é um beco sem saída que vai se gastar mais e mais dinheiro sem resultado.

Não sou eu, entretanto, que está com a razão.

Quem manda em todos nós é a vida.

Um bom médico e/ou consultor  são aqueles que procuram entender as forças da vida de forma mais aguda e tentam prescrever tratamentos que são mais eficazes em cada caso.

Quando aposto minha reputação de que temos que criar laboratórios e não fingir que nada está mudando, existe aí:

  • – anos de estudo e prática;
  • – coragem para, mesmo arriscando a perder cliente, dizer o que, de fato, precisa ser feito.

Para isso, estudei e trabalhei em centenas de projetos para poder colocar minha reputação em jogo. Há que se ter coragem para ser um bom médico ou um consultor.

O compromisso de ambos é com a vida e suas particularidades e não com a aflição do cliente com medo do que precisa ser feito. Pode-se lidar com este medo, mas não fazer dele um impeditivo para se ter um diagnóstico e um tratamento que se considere mais eficaz.

Unconnected bridge above the Colorado River

Não é uma questão de gosto ou de posição política, mas de análise profissional.

É a vida – e não a preferência do cliente/paciente – é que vai dizer, em última instância, qual o diagnóstico e o tratamento adequado no futuro e qual foi uma roubada.

Aceita-se que não se tenha disposição para se fazer uma operação que faz sentido que tenha que ser feita, mas que se procure, a partir daí, a tentar se convencer que ela não é necessária, é um risco e tanto.

Por aí,

que dizes?

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