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Tenho defendido a tese de que estamos caminhando para imitar as formigas, mas cabe um reparo.

Não estamos indo para ser formigas, já somos “formigas”!

Porém, o que é mais grave, sem o que faz delas uma colônia harmônica: uma nova governança e uma nova comunicação compatível com o número de membros ds colônia.

Ou seja, temos a demografia das formigas, mas a cabeça dos mamíferos.

Este é o epicentro da crise e o desafio principal do novo século.

O que temos tentado agora com as novas plataformas é tentar humanizar o formigueiro!

A base da reflexão sobre a nossa espécie se baseia na demografia.

Somos quanto somos.

Por questões econômicas e culturais, quanto mais somos maiores são as cidades e a sua complexidade.

Ao saltarmos, pela primeira vez de 1 para 7 bilhões, criamos um ambiente completamente novo da nossas espécie.

Nossas cidades vivem da hiper atividade.

Tudo é muito.
Tudo é rápido.
Tudo é complexo.

Assim, podemos dizer que, do ponto de vista, numérico já saltamos de problemas da espécie que nos aproxima das colônias de insetos.

O problema é que a forma como nos comunicados e, por sua vez, nos organizamos não incorporou essa nova realidade.

A comunicação atual é dos mamíferos basicamente de uma comunicação menos dinâmica e mais vertical.

De maneira geral, os mamíferos trabalham com líderes-alfas, através de sons.

Os insetos, em função da quantidade, se viram obrigados a abrir mão de algo tão marcado e preso a um centro, pois a complexidade das colônias não permite que se tenha uma liderança tão inflexível.

Cada elo tem que ser um micro-líder.

Para se abrir mão do líder-alfa, é preciso estabelecer uma nova comunicação e uma nova governança, baseada em algo mais horizontal baseado em cheiros, rastros.

As lideranças são baseadas no mérito. É relevante quem tem algo a informar para a colônia decidir.

Dedicou de ter, voltou para o anonimato.

A espécie humana é a única entre os seres vivos (salvo desconhecimento biológico) que migra periodicamente e rapidamente de governança ao longo do tempo, pois é uma tecno-espécie.

E pode, mudando a tecnologia, fazer ajustes, conforme aumenta a “colônia humana”.

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A nossa opção pela tecnologia como base para a formação da espécie nos fez adaptativos, na relação entre:

problema-solução tecnológica.

Vamos avançando para resolver nossos problemas de todos os tipos, através de novas tecno-modelagens.

Quando aumentamos o tamanho da espécie – ainda mais nesse salto de sete vezes – criamos uma macro-crise entre o modelo de governança-comunicação que trouxemos até aqui, desde que saímos das cavernas e vamos agora para a dos insetos.

Inauguramos uma nova espécie e isso implica em uma mudança radical em todo nosso aparato afetivo-cognitivo, pois temos que sair de um modelo de espécie dependente de líderes-alfas para um outro que é a independência dele, através de um trabalho horizontal.

O difícil é compreender esse salto para que possamos tornar essa passagem menos traumática possível.

É o esforço que temos que fazer quando falamos em projetos digitais.

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O problema é que não estamos com essa visão geral e estamos batendo cabeça sem entender o tamanho do problema.

É isso, que dizes?

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